(Sugestão de Stanley Jones para um poema de L.M.N.)
Disse um poeta um dia,
fazendo referência ao Mestre Amado:
"O berço que Ele usou na estrebaria,
por acaso era dele?
- Era emprestado!
E o jumentinho
em que, em Jerusalém, chegou montado
e palmas recebeu pelo caminho,
por acaso era dele?
- Era emprestado!
E o pão - o suave pão
que foi, por seu amor, multiplicado,
alimentando toda a multidão,
por acaso era seu?
- Era emprestado!
E os peixes que comeu
junto ao lago e ficou alimentado,
esse prato era seu?
- Era emprestado!
E o famoso barquinho?
Aquele barco em que ficou sentado,
mostrando à multidão qual o caminho,
por acaso era Dele?
- Era emprestado!
E o quarto em que ceou
ao lado dos discípulos, ao lado
de Judas, que o traiu, de Pedro, que o negou,
por acaso era dele?
- Era emprestado!
E o berço tumular,
que, depois do Calvário, foi usado
e de onde havia de ressuscitar,
o túmulo eradele?
- Era emprestado!
Enfim, NADA era dele!
Mas, a coroa que Ele usou na cruz
e a cruz que carregou e onde morreu,
essas eram, de fato, de Jesus!"
Isso disse um poeta, certo dia,
numa hora de busca da verdade;
mas, não aceito essa filosofia
que contraria a própria realidade...
O berço, o jumentinho e o suave pão,
os peixes, o barquinho, o quarto e a sepultura
eram Dele a partir da criação,
"Ele os criou" - assim diz a Escritura...
Mas a cruz que Ele usou
- a rude cruz, a cruz infame e mesquinha
onde os meus pecados expiou,
essa não era sua,
- Essa cruz era minha!
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário