quarta-feira, 29 de outubro de 2008
A Alegoria das Ferramentas (Timóteo B. da Luz)
Aconteceu num lindo dia de verão. Um carpinteiro trabalhava alegremente em sua oficina. Terminado o serviço da manhã, arrumou as ferramentas sobre a banca e foi saiu para almoçar.
A oficina ficou em silêncio. Isto por algum tempo, pois ao verem que não havia ninguém na oficina, as ferramentas começaram a discutir sobre qual delas era a mais importante. Resolveram realizar uma reunião para resolver o assunto. O Martelo ia ser eleito para a presidência da reunião quando o Serrote contrariado começou a reclamar:
- Eu protesto. O Martelo é muito barulhento. Perturba todas as reuniões. Ao invés de ser presidente ele devia se retirar, pois ele não sabe agir sem bater em alguém.
- Se eu tiver que sair da oficina por esta razão, respondeu o Martelo, o Serrote deverá sair também, pois é muito áspero e agudo e, mal ele recebe qualquer pancada, logo começa com aquele barulho irritante.
- Pois bem, se assim é, falou o Serrote, o que se dirá do irmão Arco de Pua? Ele tão inútil que quando acaba de trabalhar a única coisa que se vê é um buraco com um montinho de pó!
O Arco de Pua se levantou e disse:
- Se é vontade de todos que eu me retire, está bem; eu vou embora.
Nisto, a Chave de Fenda tomou a palavra e declarou:
- Se o Arco de Pua precisa sair, acho melhor eu ir também. Contudo, se eu for, acho que a Régua deve sair comigo também. Ela é inoportuna e exigente, quer sempre que todos sejam perfeitos. Anda sempre reclamando que ora somos curtos, ora compridos; ora isto, ora aquilo.
A Régua aprumou-se afalou:
- Está bem, eu sairei. Mas deverá ir comigo a Plaina. Ela, coitada, dá a impressão que faz muita coisa, mas realmente não faz nada. Seu trabalho é muito superficial quando poderia ser um pouco mais profundo.
- Está bem! - retrucou a Plaina. Seja como os senhores desejam. Irei. Mas a Lima deverá sair também, visto que todas às vezes que ela está em atividade, deixa todo mundo arrepiado.
Em meio a toda esta confusão, a porta da oficina se abriu e o carpinteiro veio entrando. Naturalmente, todos se calaram e ele não percebeu nada de diferente. O carpinteiro vestiu seu avental e aproximou-se da banca onde estavam as ferramentas. Tinha perante si a planta de um púlpito, o qual deveria ser usado mais tarde para a pregação da Palavra de Deus. Logo se pôs a trabalhar pegando a Régua e, em seguida, o Serrote, e usando-nos para fazer seu trabalho. Usou também o Martelo, o Arco de Pua e a Chave de Fenda. Trabalhou muito tempo com a Plaina em sua mão. Por fim, apanhando a Lima, alisou as partes ásperas, arredondando tudo. Gastou a tarde toda fazendo esse serviço. Por fim o sol se pôs e começou a chegar a noite. O carpinteiro sorriu ao ver que o púlpito estava pronto, perfeito e muito bonito. Ele foi embora.
Depois que ele saiu, as ferramentas todas ficaram olhando, contentes, com o bom trabalho que tinha sido feito pelo carpinteiro. Estavam pensativas, lembrando-se de como o carpinteiro usou cada uma delas para um trabalho diferente. Ninguém discutiu mais. Naquela tarde pela primeira vez elas compreenderam que o carpinteiro tinha para cada uma delas um trabalho próprio, e que nenhuma poderia fazer direito o trabalho da outra. Qualquer uma das ferramentas poderia parecer inútil, mas nas mãos hábeis do carpinteiro, eram cooperadoras na obra que ele queria fazer.
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OBS: PRA QUEM TRABALHA COM CRIANÇAS
Aplicação da História "A Alegoria das Ferramentas":
A história "A Alegoria da Ferramentas" nos lembra de um outro "Carpinteiro". Um "Carpinteiro" que está empenhado numa obra muito maior: a construção do Reino de Deus. De que carpinteiro estamos falando? É de Jesus!
Sim, é Jesus, que nos convida a participarmos da construção do Reino de Deus. Ele nos convida a sermos as ferramentas na construção deste Reino que é feito de alegria, paz, perdão, justiça e amizade. Um Reino onde todos possam viver como irmãos e irmãs. Mas o que será que nós, ferramentas na construção do Reino de Deus, podemos aprender com está história?
Bem, podemos aprender que as ferramentas eram diferentes entre si, mas todas eram importantes nas mãos do carpinteiro. Cada uma tinha uma função específica e todas contribuíram para que o trabalho fosse feito e feito com beleza e perfeição. Ao final da obra, ninguém teve coragem de dizer que o seu trabalho foi mais importante do que os dos outros, pois foi um trabalho em conjunto.
Assim também é conosco, somos pessoas diferentes, com habilidades e dons diversos e trabalhamos numa mesma Obra, numa mesma fé, numa mesma construção. Nas mãos do Carpinteiro Jesus, cada um de nós é igualmente importante para que este Reino cresça e apareça...
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