terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sobre a amizade da aranha Charlote e o porquinho Wilbur no filme "A menina e o porquinho"


No filme “A menina e o porquinho” há um diálogo de despedida entre o porquinho Wilbur e a aranha Charlote. Com sua teia Charlote escrevia palavras que descreviam o caráter do porquinho, que ao serem lidas pelos humanos, eram entendidas como um milagre e associadas ao Wilbur. Assim a aranha ajudou o porquinho a ser uma celebridade e, diferentemente do que acontecia com os demais porquinhos nascidos na fazenda, Wilbur, não foi abatido para virar bacon.

- Você fez tanto por mim! – reconheceu o porquinho.
- E fiz com grande prazer – disse a aranha.
- Deve ter algo que eu possa fazer por você.
- Você não sabe o que já fez? Me fez ser sua amiga! E com isso fez com que uma aranha fosse bela para todos!
- Eu não fiz nada, retrucou o porquinho. Você é que fez.
- Não, as minhas teias não foram um milagre. Eu só escrevi o que vi. O milagre é você!

E a aranha morre...

E na parte final do filme, há a seguinte narração:

“Não quer dizer que a Charlote partiu para sempre. Ela viveu nos corações de quem a conheceu e até mesmo de quem não a conheceu.

Alguma coisa mudou na cidade de Somerset.

É como se as pessoas soubessem que vivessem num lugar especial agora. E, pouco a poço, começaram a ser pessoas especiais. Um pouco mais gentis. E muito mais compreensivas. E os animais também se sentiam diferentes, mais próximos. O calor da amizade os ajudava a suportar os meses frios e longos. Eles demonstraram isso em pequenos gestos de bondade, com uma paciência incomum e promessas cumpridas. Até mesmo o coração mais insensível acabou agindo à altura; digno de fazer o que era solicitado.

E finalmente a maior promessa de todas: o porco na primavera viu a neve pela primeira vez.”

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