terça-feira, 28 de outubro de 2008
Soneto (Alphonsus de Guimaraens)
Deus é a luz celestial que os astros unge e veste,
e dessa eterna luz nós todos fomos feitos.
Um fulgor de orações brilha nos nossos peitos:
é o reflexo estelar dessa origem celeste.
O homem mais louco e vil, cuja alma ímpia se creste
aos fogos infernais dos mais torpes defeitos,
de vez em quando sente esplendores eleitos,
que tombam nele como o luar sobre um cipreste.
Quem não sentiu no peito a carícia divina,
a enchê-lo de clarões na transparência hialina,
de um astro que cintila em pleno azul sem véus?
Tudo é luz na nossa alma, e o mais vil, o mais louco,
bem sabe que esta vida é um sol que dura pouco
e que Deus vive em nós como dentro dos céus...
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