sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ceia: um novo tipo de comunhão com Jesus




A comunhão de mesa nos dias terrenos de Jesus é interrompida de maneira violenta na Sexta-feira santa. As palavras de Jesus sobre o pão partido e o vinho derramado dizem que comer e beber o pão e o vinho passa a ser os meios da comunhão com Jesus.

“Isto é o meu corpo”. Isto, o pão partido e comido é Jesus em sua existência histórica. Ao acrescentar “dado por vós (à morte)”, Paulo aponta para a dádiva da pessoa de Jesus como a encontramos em sua morte, morte que Jesus anunciara a seus discípulos já antes da ceia. Quem come do pão na santa ceia tem parte na existência histó-rica de Jesus e parte em sua morte na cruz.

“Isto é o meu sangue da aliança que é derramado por muitos” (Mc 14:24). Sangue derramado é vida santificada, é morte (Lc 17:11). Je-sus explica o significado salvador de sua morte: ela quer dar salvação “em favor de muitos”, ou seja, de todos (Is 53:12). Ela quer ser “alian-ça”, pois através de sua morte, Deus quer colocar toda a humanidade em uma nova relação para consigo (Jr 31:31), sendo impossível ex-cluir as crianças. As palavras de Jesus sobre o pão e o vinho ofere-cem a mesma dádiva: o próprio Jesus. O próprio Jesus se oferece. Aqui há nova comunhão, novo tipo de comunhão: Jesus se dá a si mesmo como aquele que morreu por todos.

Ao iniciar sua atividade terrena, Jesus reuniu discípulos, dizendo-lhes a cada um: “segue-me!” Na hora da despedida, ele lhes diz que deixará de participar de sua comunhão de mesa, mas se oferece a eles de uma maneira nova. A compreensão só lhes virá, quando se encontrar com eles de maneira totalmente nova; após a páscoa vai agir nos seus através do Espírito Santo. O Espírito Santo atuante na ceia nos torna participantes da vida, morte e ressurreição de Jesus e nos ajuda a compreender como aquele que morreu pode se oferecer de tal maneira a nós que “andamos em novidade de vida”.

O impacto causado pela instituição da ceia foi tão grande na pri-meira comunidade que o culto cristão passou a ser uma ceia (At 2:42-46). Sabia-se da promessa do senhor ressurreto, experimentavam-se sinais da plenitude do Reino (comunhão e santidade) e esperava-se por sua vinda, quando o Reino será estabelecido em plenitude e a comunhão não mais terá fim. Que o Senhor nos abençoe!!!

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