sexta-feira, 3 de outubro de 2008
O que nos divide? (Rixard Baxter)
Na maior parte, as questões que nos mantêm divididos são relacionadas com o nosso governo eclesiástico: sua correta forma e ordem. Será tão grande a distância, que presbiterianos, episcopais e igrejas livres não possam entrar em acordo? Se os homens tivessem corações realmente sensíveis quanto a situação da Igreja, e procurassem amar-se uns aos outros com sinceridade e buscassem zelosamente a unidade, a produção da paz seria tarefa fácil. Em vez disso, a história é que muitíssimas vezes, ilustres e devotos ministros da Igreja, primeiramente se desentendem entre si e, depois envolvem o seu povo naqueles desentendimentos. Lemos e pregamos sobre os textos que mandam os homens seguirem a paz com todos e conviverem pacificamente com eles, e, contudo, estamos longe de praticar aquilo que achamos ruim, maldizemos e censuramos uns aos outros. É como se o zelo pela santidade fosse a antítese do zelo pela paz, de maneira que a santidade e a paz fossem irreconciliáveis. É o que temos visto, para nossa tristeza, em vez de vivermos uns com os outros como um só coração, uma alma e uma voz para a mútua promoção de fé e da santidade, e para admoestar-nos uns aos outros contra o pecado, vivemos, ao contrário, em recíprocos ciúmes e invejas, e afogamos o puro e santo amor em amargas contendas. Estudamos para ver como infelicitar-nos e destruir-nos uns aos outros, como fim de promover a causa da facção que nos interessa. E também arrastamos o nosso povo para estas brigas, dividindo-nos e caluniando-nos uns aos outros.
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