A terra era um paraíso,
o milho alto e os rios puros.
Dormia o ouro, a cobiça ausente.
Era o índio senhor do continente.
Foram chegando os conquistadores,
Os africanos e os aventureiros.
O índio altivo se mesclou ao escravo,
Nascia um povo tipo americano.
O interesse fabricou carimbos.
O ódio à toa levantou paredes.
A baioneta desenhou fronteiras,
A estupidez nos separou em bandeiras.
Tenho um filho desta terra,
Foi um amor sem passaporte.
Se o gestar foi brasileiro,
Não me chames de estrangeiro.
Cada pedra, cada rua
Tem um toque de imigrantes.
Levantaram com seus sonhos
Um país que não tem donos.
O suor fecunda o solo.
A semente não pergunta:
Brasileiro ou imigrante?
Só o fruto é importante.
Não me sintas forasteiro.
Não me inventes geografias.
Sou tua raça, sou teu povo,
Sou teu irmão no dia a dia.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
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