(Apreentado pela primeira vez na Juname em Lins/1979)
Estrutura Básica
O culto dos palhaços começa informando-se à congregação da importância de usar uma linguagem própria para comunicar a mensagem de Deus às crianças.
Durante todo o culto deverá haver música de fundo (instrumental de preferência) com ritmos que combinem com o momento.
O NASCIMENTO DO PALHAÇO
Para o Palhaço nascer, deve-se, previamente, envolvê-lo em papel crepom, e enquanto toca-se uma música de fundo o palhaço vai rasgando as folhas (rompendo a casca) e nasce, já com a roupa de palhaço vestida, mas sem maquiagem.
PINTURA DO PALHAÇO
Enquanto o narrador lê o texto “O Ministério do Palhaço”, o Palhaço entra em cena sem maquiagem e senta-se numa cadeira, defronte de uma mesa e começa a fazer sua maquiagem. À medida que ele vai fazendo sua maquiagem o texto continua sendo lido, para que a congregação saiba a história e as razões do culto dos palhaços.
TEXTO: “O Ministério do Palhaço”
O ministério do Palhaço, prática antiga na Igreja Cristã, recentemente está sendo redescoberta. Na igreja dos primeiros séculos, o palhaço participava na liturgia. Era ele quem despertava a atenção dos inatentos, interrompia os que falavam demais (incluindo o pastor), e questionava os membros da igreja. Mas o “Interruptor Divino” como era chamado, foi banido, por ser considerado incômodo às consciências da época.
O Palhaço tem uma longa história. Voltando às raízes, ele existiu no momento que Deus criou o ser humano. Em muitas línguas a palavra “Palhaço” vem do termo “torrão de terra”. O Palhaço lembra quem somos e mesmo que tenhamos o espírito de Deus dentro de nós, um dia vamos morrer.
Um detalhe importante do palhaço é a sua maquiagem. A pomada branca é o símbolo da máscara da morte. Depois de colocar a máscara branca, ele morre e torna-se uma outra criatura. Existem tribos no mundo que ainda hoje tem este costume por ocasião da morte de um de seus membros. O homem mais sábio sai da vila e coloca barro branco no rosto. Quando ele volta, dança para o povo da vila. Assim, todos são lembrados da sua mortalidade.
O Palhaço é um personagem trágico. Sempre alguém está fazendo com que ele tropece. Ele é humilhado e pisado. Atrás de seu sorriso existe um coração quebrado. O bufão, na corte do rei , exercia o papel de continuamente lembrar ao rei que, apesar do seu grande poder, ele era um ser humano e não um deus. Certo dia, o bufão, exercendo o seu papel, chamou a atenção do rei acerca da corrupção da administração. O bufão teve a sua cabeça cortada. Era difícil para um rei aceitar críticas sobre seus erros e fraquezas. Deste episódio, nasceu uma tradição, e os palhaços passaram a usar uma lágrima no rosto, muitas vezes representada por um risco vertical sob o olho.
Mas o palhaço não termina a sua pintura com um rosto branco e uma lágrima. Pois mesmo sendo uma figura pisada e humilhada, ele nunca é derrotado. Por isso ele usa bastante o vermelho, símbolo de vida nova. Com o vermelho, o Palhaço assume uma personalidade nova.
• Palhaço , geralmente, não fala. Sabemos o que está pensando através dos seus gestos e movimentos. O Palhaço nos lembra como somos tolos. Ele
ergue um espelho que reflete imagens exageradas nas quais podemos nos ver: orgulhosos, exibidos, convencidos, machucando uns aos outros, esquecendo o que Jesus falou: “Amai-vos uns aos outros”.
Por seu poder de comunicar, por sua vulnerabilidade e por seu anonimato, o Palhaço se relaciona e se identifica conosco: Ele é constantemente derrotado, enganado e humilhado. Ele representa uma variedade de emoções, de lágrimas e risos, mas se apresenta sempre imbatível, invencível, disposto a tentar de novo e a mostrar que o amor é o nosso motivo de ser. No mundo contemporâneo, de tensão, violência, ansiedade e sofrimentos, o palhaço apresenta risos, surpresas e novas possibilidades de vida que nos fazem lembrar de nossa função humana. Pode-se achar estranho um culto dirigido por Palhaços, mas Paulo disse na sua carta aos Coríntios que “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir os sábios, e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir os fortes”(I Co. 1. 17-19). A criança gosta do palhaço. Jesus nos convida a nos tornarmos como uma criança dizendo: “Se vocês não se tornarem como uma criança, nunca entrarão no reino do céu”. (MT. 18.3).
PREPARAÇÃO
Um dos Palhaços passa em cena com uma placa onde se lê: PREPARAÇÃO
Neste momento, os palhaços trazem para o altar (local da apresentação ) os elementos que vão ornamentar o altar (Elementos: Flores, Toalha, Bandeirinhas, Bolas de Ar amarradas em cordão, Espanador e Bíblia. Tudo feito como muita alegria e festa. Entretanto, deve-se mostrar reverência quando um dos palhaços entra com a Bíblia, quando os três a conduzem formalmente até o seu lugar.
Enquanto isso, o narrador descreve para as crianças a importância desse momento no culto: A preparação é muito importante. É nele que fazemos uma reflexão e conversamos com Deus, pedindo pelas pessoas que não puderam comparecer, pelos doentes , amigos e muitas outras coisas. Este momento também é conhecido como prelúdio. Na preparação a gente arruma nossa vida, e se prepara para receber a mensagem de Deus. Isso deve ser feito com reverência e participação.
CHAMADO À ADORAÇÃO
Novamente um dos palhaços entra em cena. Agora ele traz uma placa com a inscrição “CHAMADO À ADORAÇÃO”. Atrás dele os outros palhaços vem, divertidamente, com instrumentos musicais, convidando através de gestos a que todos participem . Eles trazem consigo os seguintes elementos: CORNETA, TAMBORZINHO, BOLHAS DE SABÃO.
Em seguida saem, restando apenas um palhaço em cena, até que entre o outro com o próximo cartaz”:
CONFISSÃO
Um dos palhaços passa em cena com uma placa onde se lê : CONFISSÃO. Dá uma volta na cena e sai.
Neste momento o Narrador fala, enquanto os Palhaços representam o que está sendo narrado:
O momento de confissão é importantíssimo. É nele que confessamos à Deus todas as nossas faltas, pelos momentos que brigamos com outras pessoas, que desagradamos a vontade de Deus, pedindo que Ele esteja nos orientando em nossa caminhada diária.
A cena dos Palhaços se desenvolve da seguinte maneira:
Entra um palhaço, todo cheio de si, com o peito cheio, empinado. É seguido de outro, que todo humilde, cabisbaixo, vai para o canto oposto na cena. O narrador lê o texto bíblico (Bíblia na Linguagem de Hoje) de “ O fariseu e o publicano”. À medida que o texto é lido, os palhaço dramatizam-no. Ao final do texto, os palhaços quebram o gelo, se cumprimentam alegremente e saem de cena. Quando então, outro palhaço passa com o cartaz:
LOUVOR E AÇÃO DE GRAÇAS
Desta vez, dois palhaços entram em cena, cada um segurando um cartaz, um escrito “Louvor” e o outro “Ação de Graças”.
Em seguida eles dramatizam a seguinte situação:
Uma criança brincando com uma bola e com bambolê corre ao redor de uma árvore, representando a infância. O tempo passa, e agora o Palhaço colhe os frutos da árvore para vendê-los à fim de conseguir dinheiro para sua sobrevivência. Em seguida o Palhaço representa que vai se casar e precisa construir a casa onde vai morar. Então, ele pega o serrote para cortar a árvore que lhe fornecerá a madeira para construir a casa. O terceiro momento mostra o Palhaço já velho, segurando uma bengala, e põe-se a agradecer a Deus pela vida que teve, sua infância, mocidade e velhice.
Obs.: Para esta encenação serão necessários os seguintes elementos: árvore, serrote, frutas, cesta de frutas, bola, bambolê e bengala.
EDIFICAÇÃO
Mais uma vez o palhaço entra em cena, desta vez segurando um cartaz com a palavra “Edificação”.
Para demonstrar que as pessoas devem ser preenchidas com a mensagem que virá, elas precisarão reter as informações que serão passadas. Os Palhaços representam a seguinte situação. Colocam em um dos Palhaços uma mangueira de ar, ligada a uma bomba de ar. O palhaço deverá estar esvaído, ou seja, murcho. À medida que se bombeia o ar para ele, o palhaço vai inflando (enchendo) até que fique em pé e feliz. Mas ao tirar a mangueira, ele começa a se esvaziar até chegar à posição inicial. Repete-se todo processo, e desta vez, usa-se uma rolha para reter o ar. A princípio funciona, mas o Palhaço acaba por expeli-la longe e esvazia-se novamente. Então os dois palhaços resolvem mudar de estratégia. Não tentam mais encher o palhaço de ar; mas um deles traz um coração com a palavra amor, e os dois entregam juntos ao terceiro palhaço. Quando este recebe o coração com a palavra amor começa a ficar cheio de amor e alegria e não se esvazia mais. Então os três, passam a se cumprimentar e saem abraçados, como que prontos para receber a mensagem.
O segundo momento desta parte é a mensagem: Um dos palhaços que saiu, volta trazendo consigo uma caixa. Na verdade são três caixas, que caibam uma dentro da outra. Ele vai tirando uma de dentro da outra, com a parte sem nada escrito virada para a congregação. Em seguida, ele se vira para o público e mostra as três caixas, uma sobre a outra (a maior embaixo de todas, a média no meio e a pequena, sobre a do meio). Um dos lados da caixa (e em cada uma delas) deverá estar escrito o n.º 1 (menor), 2 ( média), 3 (maior). O Palhaço convida as crianças a lerem o que está escrito. Em seguida, repetem a leitura do numeral, com cada correspondente: 1= Pai, 2= Filho, 3= Espírito Santo. Neste momento ela mostra o outro lado da caixa, onde deverá estar escrito ( em numeral) o número 1. Em seguida o Palhaço repetia a dinâmica: 1= Pai, 2= Filho, 3= Espírito Santo = a 1 (um), demonstrando a unidade da trindade.
Em seguida ele guarda todas as caixas e sai de cena, enquanto outro volta com um cartaz na mão do ato seguinte.
Os elementos utilizados neste momento são
1) LIVROS, BOMBA DE AR, MANGUEIRA, ROLHA GIGANTE, CORAÇÃO COM PALAVRA AMOR.
2) TRÊS CAIXAS, CADA UMA MENOR QUE A OUTRA, COM OS NÚMEROS : 1, 2, 3 E AS PALAVRAS : PAI, FILHO, ESPIRITO SANTO; E UMA CAIXA GRANDE QUE CUBRA AS OUTRAS TRÊS COM O NÚMERO 1.
DEDICAÇÃO
Novamente uma placa com a inscrição “DEDICAÇÃO”. Atrás dele os outros palhaços vem divertidamente com os dons que eles estarão oferecendo a Deus: Dinheiro para a Obra Missionária ( uma moeda gigante); pregação do Evangelho ( uma boca bem grande); Atos de solidariedade com o próximo ( um ouvido bem grande); Louvor (instrumentos musicais: violão, flauta, corneta). Todos estes elementos são trazidos ao altar para o Senhor.
BENÇÃO
Pela última vez entra o Palhaço com um cartaz na mão, escrito “Benção. Será um jeito divertido de se abençoar. Um dos palhaços veste um boné de carteiro e traz com ele um envelopão cujo destinatário escrito em letras bem grandes ë “Ao Pecador”. O carteiro entrega ao primeiro palhaço e este aponta para o outro, como que dizendo que não é ele, e assim fica, num jogo de empurra-empurra, até que os dois recebem a carta juntos. Antes de abri-la, eles verificam quem foi que a enviou, e assustam-se ao ver que o remetente era Deus. Novamente fica no jogo de empurrara empurra, até que eles resolvem abrir a carta. Dentro do envelopão terá um cartaz, com quatro dobras, sendo que nas duas partes laterais estará escrito: EU e na outra VOCÊ. Ao observarem o que está escrito, novamente eles iniciam o jogo de empurra empurra, até que resolvem abrir toda a carta. Neste momento eles verificam o que estava escrito no meio da carta ( nas duas partes do meio deverá estar escrito dentro de um coração a palavra AMOR). Assim sendo, a frase completa ficará da seguinte maneira: EU AMO VOCÊ.
Os elementos deste momento serão: ENVELOPÃO (DEST: AO PECADOR -REM. DEUS), UNIFORME DE CARTEIRO, CARTA EM FORMA DE CORAÇÃO EM 3 PARTES : EU AMO VOCÊ.
Neste momento o locutor lê a seguintes bênção:
“Que a graça do Senhor Jesus, e o amor de Deus, o Pai, e a comunhão do Espírito reine aqui entre nós para todo o sempre amém”.
Em seguida a congregação canta o Hino “Chuva de Bênçãos”
Solta as bolas.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
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