sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O bebezinho de Belém (Ronan Boechat de Amorim)

A resposta e a proposta de Deus
Às nossas ambigüidades não é a força nem a indiferença,
Mas o amor, a misericórdia, a solidariedade,
A ternura, a delicadeza, a longanimidade, a compaixão.

Olhemos para o bebezinho de Belém,
Aparentemente tão indefeso.
Tão pequenino! Tão impotente...
Mas toda essa impotência é só aparente.
É daquele tipo de aparência que engana.
Porque o bebezinho ridiculariza a arrogância e a prepotência
Da força bruta, de toda opressão, de toda relação injusta.

Assim, entre a força e o amor,
O bebê de Deus nos ensina que as coisas se resolvem
Não por força nem por violência
Mas pelo poder do amor de Deus,
Ainda que aparentemente tão frágil e sem forças.
Mas não nos deixemos enganar,
Pois a fraqueza de Deus é mais forte que toda força:
humana, sobre-humana, desumana.

Olhemos para o bebezinho de Belém, o Salvador Jesus,
Para aprendermos de uma vez por todas que
A solidariedade é mais forte que a solidão,
A verdade é maior que a mentira e a falsidade,
E a vida tem poder de eternidade, pois dura pra além da morte.

Olhemos para o bebezinho de Belém:
Só a ternura faz a vida com mais cores, sabores, danças e canções
E menos dogmas, preconceitos e outros tons de cinza.
Só o amor, com sua grandeza e aparente fragilidade,
Pode abrir olhos, encher o coração de misericórdia e compaixão,
Estendendo braços e mãos em amizade, criando abraço e união.

Confiando na força transformadora do amor
Olhemos para o bebezinho de Belém que venceu Satanás, Herodes, Roma e a cruz
com amor, Evangelho, amor, Reino de Deus, amor e Ressurreição.
Coragem. Deus está com quem ama. Deus está conosco.
E a presença do Deus que ama é a diferença e o poder que precisamos.

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