A IGREJA DE JERUSALÉM: uma fábrica de missionários! (*)
Ronan Boechat de Amorim
Jesus havia pedido aos seus discípulos que esperassem em Jerusalém (At 1:14) até que do alto fossem revestidos de poder pelo Espírito Santo (At 1:8) para serem testemunhas na própria cidade de Jerusalém, na Judéia (no país), em Samaria (uma nação vizinha) e até os confins da terra, pois o Evangelho não conhecerá fronteiras!
Os discípulos de Jesus obedeceram e viram a Promessa de Jesus se cumprindo em suas vidas (At 2:1-4). Por causa da intrepidez e poder com que testemunhavam (At 5:12-15), o número dos salvos cresce (At 2:41; At 2:47; At 5:14). E isso incomoda os inimigos do Evangelho, os mesmos que mataram Jesus para acabar com o seu “movimento”. Os discípulos de Jesus sofrem grande perseguição (At 8:1-3). Estevão é preso e assassinado (At 7:54-60). Os apóstolos são presos e ameaçados várias vezes e também açoitados (At 5:40). O apóstolo Tiago (o irmão de João e filho de Zebedeu de Mt 4:21) sofre martírio (At 12:1-2).
Diante desse quadro de fidelidade dos discípulos a Deus por um lado e da perseguição implacável por outro, o que aqueles homens e mulheres fazem não é murmurar, lamentar, renegar Deus, ficar falando mal dos outros. O que fazem é orar ainda mais intensamente: “Tu soberano Senhor... olha para as ameaças daqueles que se ajuntaram em Jerusalém contra a tua Igreja e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua Palavra, enquanto estendes as Tuas mãos para fazer curas, sinais e prodígios através do nome de Jesus” (At 4:23-31).
Pedro e João após várias prisões, ameaças e açoites se regozijam por terem sido dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus e pela causa de Jesus (o Evangelho, o Reino). Quanto mais eram perseguidos, ameaçados e presos, mais oravam e mais consagravam-se a Deus para fazer a sua obra (At 5:41-42).
A Igreja de Jerusalém além de preparar e enviar missionários para longe (At 8:5; At 8:14; At 11:19-22), como vimos acima, era uma fábrica de missionários. Missionários eram os que iam. Missionário eram os que ficavam. Aquela igreja local estava completamente envolvida na Missão de Deus. Fazia Missão local (ou Urbana) e Missão junto a outros povos e países (ou Transcultural). Toda a Igreja estava comprometida com Deus.
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(*) Esse texto nasceu inspirado na leitura do livro "Fábrica de missionários", de Rubem Amorese, da Editora Ultimato, que nos desafia a repensar a Igreja Local, a "Missão Jerusalém" de At 1:8 onde os discípulos estavam com Jesus e onde receberam o poder do Espírito Santo para missões até os confins do mundo.
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