terça-feira, 7 de maio de 2019

O Nascer para o Além (Padre Juca)

Há quem morra todos os dias.
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro.
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.

Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus.
Triste é ver gente morrendo por antecipação...
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.

E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós,
o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los.
De retroceder no tempo e segurar a vida.
Ausência: - porque não há formas para se tocar.
Presença: - porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez.
Esse céu azul e misterioso.
Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos.
Sentimos, quando mergulhados em oração,
o ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir. Essa vontade de rever novamente aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...

E...
Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir. Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!

______________________________________________________________
Texto: Padre Juca
Adaptação: Sandra Zilio

No caminho com Maiakóvski (Eduardo Alves da Costa)

Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakósvki.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.

 

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

 

Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz:
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.

 

Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.

 

Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas no tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares,
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.

 
E por temor eu me calo.
Por temor, aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita — MENTIRA!
BEM-AVENTURADOS OS LIMPOS DE CORAÇÃO,
PORQUE VERÃO A DEUS (Mt 5:8)

1 – Introdução:
Com a bem-aventurança estudada hoje, Jesus nos traz ao cume da montanha da perfeição cristã. A subida começou com a pobreza de espírito (quebrantamento). Agora chegamos à promessa inspirada nos profetas e nos Salmos, especialmente o Sl 24, que promete a proximidade e intimidade de Deus aos que têm o coração puro e as mãos limpas. Podemos dizer que a síntese dessa bem-aventurança é retirar os ídolos, o mal e todo vazio do coração e enchê-lo da presença de Deus.

2 – Coração Puro gera mãos limpas, mãos limpas sinalizam um coração puro
Há algo que é inseparável da pureza de coração: o desafio das “mãos limpas”. Coração puro e mãos limpas são dois lados da mesma moeda. Mãos limpas traduz-se em não praticar o mal, coração limpo ou puro é não desejar fazer o mal. O coração puro é atitude interior, as mãos limpas são as obras e o comportamento coerentes com essa atitude. Mãos limpas são consequência da pureza de coração, são seus frutos visíveis. Segundo Jesus é pelos frutos (mãos limpas) que se conhece a árvore (pureza de coração) (Lc 6:44).

Aquele que interiormente não adora ídolos e nem cultiva pecados também não irá atrás deles na vida prática e quotidiana. “Nada há no exterior do homem que penetrando nele, o possa tornar impuro, mas o que sai do homem, isso é o que o torna impuro” (Mt 7:15). “Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo para que também o exterior fique limpo” (Mt 23:26). A mudança exterior não gera mudança interior, mas a mudança interior (a conversão, por exemplo) gera mudanças exteriores no comportamento, nos valores, nas vestimentas, no palavreado, nas reações, nos compromissos, no jeito de ver o mundo e tratar as pessoas.

3 – Coração limpo é resultado de vida  consagrada ao Senhor Jesus
    Quando Jesus bate à porta do coração do pecador e esse coração se abre, Jesus  entra, lava, limpa e purifica esse coração de todo pecado e mal. O coração é transformado e habitado pelo Espírito Santo que é Deus em nós. O Espírito Santo a partir daí se torna seu Senhor. Um novo coração nos é dado por Deus, a gente nasce de novo, somos um novo ser humano.

     E porque o coração é transformado e santificado toda a nossa vida é transformada, todos os nossos valores, comportamentos, relacionamentos, pensamentos e sentimentos são alcançados pela maravilhosa Graça de Deus.
Por isso aqui em Mt 5:8 Jesus está falando de uma pureza interior, uma santidade íntima que só os pobres de espírito (quebrantados) têm o privilégio de possuir. Ou melhor, têm o privilégio de não possuir, pois os pobres de espírito sabem que não possuem nada em si mesmos, pois tudo o que têm nos é dado por Deus.
Os limpos de coração são limpos por causa da transparência da alma e, assim, acreditam mais em Deus do que neles mesmos. Tudo é feito para a honra e glória de Deus, para a salvação do mundo, para a edificação da Igreja de Jesus. Por isso, essa bem-aventurança de Mt 5:8 dentre outras coisas nos ensina:
a) Os limpos de coração já choraram seus próprios pecados e, como consequência, usufruem do perdão concedido pelo Pai.
b) Os limpos de coração não tocam trombeta quando dão suas esmolas, não oram em pé nas praças para serem vistos dos homens, não jejuam e depois apresentam-se com o rosto desfigurado para impressionar as pessoas.
c) Sinceridade e integridade são as características mais evidentes dos limpos de coração.

4 – Os limpos de coração verão a Deus
Mas o mais surpreendente dessa bem-aventurança não é algo que Deus fará ou nos dará como recompensa. Aqui a promessa é: “os limpos de coração verão a Deus”. A promessa é inusitada porque segundo a tradição bíblica, ninguém pode ver a Deus (João 1:18; Jo 6:46; Lc 10:22; Ex 33:20). Moisés só viu a Deus pelas costas. Isaías só viu parte da orla do vestido de Deus que enchia o templo.

É certo que podemos “ver” Deus revelado em Jesus Cristo, por meio da revelação de sua Palavra. “Quem me vê, vê aquele que me enviou”, pois “eu e o Pai somos um”, nos disse Jesus. Também cremos que veremos ao nosso Deus em toda a sua plenitude, face a face e olho no olho depois que morrermos e formos para o Céu. Mas a promessa de Jesus aqui em Mt 5:8 é que veremos Deus também no presente, em nosso dias, aqui e agora.

Obviamente o que Jesus nos promete não é vermos a Deus fisicamente com os olhos do nosso corpo, mas o poder sobrenatural e o privilégio de vermos Deus, experimentarmos sua presença, com os olhos da fé.

Não podemos ver o invisível, mas podemos experimentar a presença real de Deus. É invisível aos nossos olhos, mas verdadeiro, vivo e real. Ver Deus não é mera poesia ou uma simples metáfora (figura de linguagem), mas é uma promessa verdadeira feita por quem não mente e nem se equivoca. Por isso devemos nos aproximar de Deus, buscar sua presença, pois Ele não está escondido de nós, mas está à nossa procura. Deus procura os pecadores(s) para salvá-los. Deus procura e oferece intimidade para os verdadeiros adoradores, os que O adoram em espírito e em verdade, os que O amam acima de tudo, de todo o coração e de todo o entendimento. Deus não mora em prédios feitos por mãos humanas, mas no nosso coração, na nossa vida. O coração e o corpo do crente são lugares da habitação de Deus. A gente não vê fisicamente falando, mas sente, experimenta, sabe, crê, vê. E essa experiência será tão mais profunda e concreta quanto mais viva é a nossa fé e a nossa entrega a Deus em santificação. “Quem crê, verá!”, disse Jesus.


5) PRA PENSAR:   Você pode aplicar na sua vida o que está em Jó 42:5?
JORNADA DO AUTOCONHECIMENTO – PARTE 1
Frida Martins

Você se conhece? Consegue olhar para dentro de si e reconhecer sua qualidades e defeitos e empenhado em ser uma pessoa melhor? Sabe aonde quer chegar?

Perguntas simples como essas podem ser tornar difíceis quando temos um baixo conhecimento sobre nós mesmos. Muitas vezes temos dificuldades de olhar para dentro de nós e identificar nossas forças e fraquezas. Tendenciamos sempre a olhar para o outro e nos tornamos mestres em avaliar positivamente ou negativamente uma pessoa.

Em Mateus 7:3 diz: “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?”

Quanto mais autoconhecimento eu tenho de mim mesmo, mai vou entender que estou sujeito a vitórias e fracassos e assim terei um olhar de empatia com o meu próximo.

O autoconhecimento gera mim controle das minhas emoções, relacionamentos saudáveis e a constante busca em me tornar uma pessoa melhor. Muitas vezes a minha dificuldade de conviver com o outro e porque ainda não aprendi a conviver comigo mesmo.

A medida que eu me conheço vou percebendo a mudança dos que estão ao meu redor, porque  começo a olhar para os outros com uma nova  ótica,  entendendo que todos somos passíveis a erros e acertos na vida.
                Responda pra você mesmo estas perguntas e veja como está o seu autoconhecimento:
       1-Quais são as suas maiores qualidades?
       2-Quais são os seus maiores sonhos?
       3-Qual é a sua missão na vida?
       4-Qual é o seu propósito?

                      Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta”   Carl Jung

                   Você quer despertar?
                                   


JORNADA DO AUTOCONHECIMENTO – PARTE 2
Frida Martins

Por isso foi dito: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos 
e Cristo resplandecerá sobre ti”. (Efésios 5:14)

                     O despertar está diretamente ligado ao autoconhecimento. Conhecer a si mesmo e suas emoções é descobrir suas qualidades, potenciais, valores, motivações, bem como os pontos de melhoria que devem ser desenvolvidos para atingir as próprias metas.

                     Se conhecer, saber discernir seus sentimentos, enfrentar os problemas e conflitos, identificar com clareza seus talentos, aprender a se observar , trará pra você novas expectativas do presente e a olhar com fé e esperança para as promessas que o Senhor reservou para a sua vida.
Quando eu desperto, o que eu encontro?

·       Propósito: o Dicionário Aurélio o define como sendo: “algo que se pretende fazer ou conseguir, intenção, intento, projeto” O cristão precisa saber qual o propósito para o qual foi criado. Deus tinha algo em mente quando nos criou. Ele não nos projetou para o fracasso, para o pecado ou para a morte eterna. Não. Ele nos projetou para a vida. E vida abundante. Para conhecê-lo e fazê-lo conhecido.

·       Direção: Descubro aonde quero chegar, sigo sem vacilar em direção do alvo, que é Cristo. Muitas pessoas andam perdidas na casa do Pai por que não conhecem a si mesmas. Não descobriram sua verdadeira identidade. Ou estão caminhando, mais perderam Jesus durante a jornada de fé, assim como nos mostra Lucas 2.46 Três dias depois, O acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.

·       Identidade: Em Deus, somos mais que vencedores, tudo podemos naquele que nos fortalece, somos herdeiros das promessas do Rei dos reis. Somos filhos de Deus. Ele supre todas as nossas necessidades. Somos iguais para o Pai celestial, Ele não faz acepção de pessoas, na fraqueza somos fortes, somos instrumentos em Suas mãos, somos corpo bem ajustado, totalmente ligado. E juntos formamos, fazemos parte da Igreja do Senhor, somos a Noiva tão aguardada. Seja você grande ou pequeno Deus o ama.

·       Talentos: Consigo por em prática os dons e talentos que o Senhor me deu, cumprindo o seu Ide e estabelecendo o seu Reino aonde estiver.

·       Relacionamentos saudáveis: Tenho um olhar de mais empatia e misericórdia com o outro. Reconhecendo que também sou passível a erros e me colocando sempre como suporte e não acusador.

·       Oportunidade de me corrigir: Reconheço a misericórdia e a graça de Deus em minha vida e busco nela a oportunidade de recomeçar e fazer diferente.

·       Protagonismo: Não sou mais a vítima! Aprendo que não posso mudar o que aconteceu na minha vida, mais que Jesus me dá a oportunidade de escrever uma história diferente.


·       Encontro comigo mesmo: Reconheço minhas limitações, valorizo minhas qualidades, me perdôo e perdôo os outros com mais facilidades, pois entendo que tudo acontece na minha vida é para que meu caráter seja forjado em Cristo e assim consigo ter relacionamentos saudáveis e viver a vida de abundância que Jesus trouxe pra mim.
BEM-AVENTURADOS OS MANSOS

1 – QUEBRA-GELO: O que significa dizer que uma pessoa é mansa?


2 – MENSAGEM – LER MATEUS 5:5

    Mansidão é a oitava característica ou virtude do fruto do Espírito (Gl 5:22-23). Ou seja, mansidão não é a mesma coisa que ser apático, conformado nem covarde, mas é uma característica do caráter do homem e da mulher de Deus gerado pelo Espírito Santo. O adjetivo “manso” segundo o dicionário Aurélio quer dizer: “de gênio brando ou índole pacífica, bondoso, pacato, sereno, sossegado, tranquilo”. Pode-se dizer que é o antônimo de áspero e/ou ríspido. O texto bíblico de Nm 12:3 diz que Moisés era manso. Sabermos que era firme, mas também era suave. Tinha leveza!


    Atributo divino.  Cristo é revelado no Novo Testamento (NT) como alguém manso (Mt 11:29; Mt 21:5; 2Co 10.1). A figura de Cristo como cordeiro e ovelha apontam diretamente para a sua mansidão (Is 53:7; At 8:32; Jo 1:29; 1Pe 1:19; Ap 5:6). O Espírito Santo, por sua vez, é simbolizado na Bíblia por uma pomba, destacando-se a sua natureza mansa (Mt 3:16; Gl 5:22). Todas estas figuras são símbolos de mansidão  - o fruto espiritual da submissão e dependência de Deus.


     Fruto do Espírito. A mansidão como fruto do Espírito, trata-se da virtude gerada por Ele no crente, proporcionando a habilidade de ser “gentil, humilde, cortês, amável, suave, tolerante” Os mansos são os que foram empoderados para  suportar provocações sem perder o controle (domínio próprio), sem se deixar levar a qualquer violência, que conseguem ficar tranquilos e serem pacificadores(as) quando os outros estão acalorados e irados, que preferem perdoar 70x7 ofensas a vingar uma. Na Bíblia, metaforicamente, os servos do Senhor são comparados com a ovelha por causa da mansidão (Sl 95:7; Sl 100:3; Jr 23:3; Jo 10:14-15).


     A mansidão no NT aparece nos ensinos de Jesus, como uma característica daqueles que “herdarão a terra” (Mt 5:5). Paulo faz diversas alusões a esta virtude, dizendo que ela é uma característica na vida daqueles que nasceram de novo (Gl 5.22); que precisa estar presente no seio da igreja, particularmente na correção dos faltosos e em pecado (Gl 6:1); que como filhos de Deus, precisamos imitá-lo, agindo e ensinando com mansidão (Ef 4:1-2); como nascidos de novo, devemos nos revestir dessa virtude (Cl 3:12); exortou Timóteo a buscá-la (1 Tm 6.11); e a ensinar com mansidão aos que resistem à verdade (2Tm 2:25); orientou a Tito que exortasse os cristãos a serem mansos com todos os homens e mulheres (Tt 3:2). Tiago afirmou que a verdadeira sabedoria se manifesta em mansidão (Tg 3:13); Pedro, exortou aos cristãos que respondessem com mansidão aqueles que questionassem a sua fé (1Pe 3:15).


PARA PENSAR: Leia Mt 24:35, 2Pd 3:13 e Ap 21:1 e Mt 25:34.

         A que terra se refere essa promessa?