(Extraído de http://claudia.abril.com.br/materias/3247/?pagina8&sh=31&cnl=31&sc=)
A palavra-chave que impõe limites às vezes é difícil de pronunciar. Aqui, um time que inclui um padre, uma antropóloga, consultora de etiqueta, duas filósofas e um cabeleireiro, entre outros, ensina formas sutis, educadas, firmes ou divertidas de dizer “não". E uma repórter experimenta o prazer de dizer "sim"
Sibelle Pedral e Andrezza Duarte
Na vida social
A amiga pede sua ajuda para organizar um bazar em prol de uma casa de crianças órfãs porque o Natal está chegando... A causa é justíssima, mas você mal tem tempo para lidar com as demandas da própria vida.
1. "Certamente é uma causa mais que justa e, por isso mesmo, nem vou pensar em arcar com tarefas das quais sei que não darei conta. O compromisso que assumo, mesmo, é de ir ao bazar e comprar algumas coisas para colaborar financeiramente com a causa."
DULCE CRITELLI
2. "Adoraria ajudar, mas estou envolvida em outros dois bazares. Prefiro não me comprometer."
CLAUDIA MATARAZZO
A amiga pede o seu batom emprestado.
3. "Você quer ser beijada pelo meu marido? Menina, ele não pode me ver com esse batom que fica maluco... E você não seria louca de fazer isso comigo!"
MAGALI MORAES
O candidato a amigo vive convidando você para almoçar ou apenas sair, mas você sabe que os santos não batem.
4. Não vou dizer claramente que nossos santos não batem, mas a cada tentativa dele responderei que não posso, pois já tenho outro compromisso.
DULCE CRITELLI
Uma pessoa está insistindo para que vocês se encontrem, mas você suspeita que ela quer pedir algum favor desagradável.
5. Se ela não foi delicada adiantando o motivo do convite, cabe a você perguntar do que se trata. Se ainda assim a pessoa insistir em falar pessoalmente, alegue pouca disponibilidade de horário nos próximos dias e sugira que lhe mande um e-mail com detalhes sobre o que deseja.
CELIA RIBEIRO
A amiga pede o celular emprestado para fazer uma ligaçãozinha rápida para a mãe dela, que mora em outra cidade.
6. "Minha bateria está quase acabando!"
CLAUDIA MATARAZZO
Você passa para buscar uma amiga em casa e saírem juntas. Ela pergunta: "Estou bem assim?" Ela não está bem daquele jeito.
7. "Você está bem, mas não para essa ocasião. Sugiro que troque de roupa."
CLAUDIA MATARAZZO
Um amigo pergunta se pode levar outra pessoa ao seu casamento ou ao jantar que você oferecerá na sua casa.
8. No casamento nem há tanto problema, pois o estranho vai ficar diluído no meio dos convidados. Agora, no jantar é mais perigoso. Seja gentil, mas direta. Diga que não é uma ocasião em que gostaria de ter estranhos em sua casa e proponha conhecer o tal amigo em outra ocasião.
PADRE FÁBIO DE MELO
9. Eu diria que já programei tudo para receber somente as pessoas mais próximas e que outros convidados tinham feito o mesmo pedido antes. Assim, se eu abrisse precedente para ele, deveria liberar também para os demais. E não teria como receber bem todo mundo.
MIRIAN GOLDENBERG
O amigo pede dinheiro emprestado – outra vez.
10. Generosidade tem que fazer parte da vida, mas ser transformado em "casa da caridade" pode não ser um projeto interessante... Uma boa solução é manter seu dinheiro em investimentos com prazos para resgates. É um bom álibi.
PADRE FÁBIO DE MELO
11. "Desta vez, quem está dura sou eu."
CLAUDIA MATARAZZO
Você vai viajar para o exterior e alguém lhe pede que traga algo pesado ou difícil de encontrar.
12. No retorno da viagem, diga simplesmente que não encontrou a peça em lugar algum. Quanto ao objeto pesado, use de franqueza logo, pedindo desculpas mas lembrando que não quer assumir taxas por excesso de peso. Se o amigo que fez a encomenda é muito querido ou lhe prestou favores, traga um presente mais cômodo de carregar na bagagem.
CELIA RIBEIRO
Um amigo pede uma carona para um lugar fora de mão.
13. Se for mesmo difícil, diga que gostaria imensamente de ajudá-lo, mas que infelizmente não dá. Se ele não compreender, então não é seu amigo coisa nenhuma...
PADRE FÁBIO DE MELO
14. Diga que fica muito fora do seu roteiro e você tem um compromisso, mas se ofereça para deixar o amigo no ponto de táxi mais próximo.
CELIA RIBEIRO
Alguém lhe propõe trocar de lugar no ônibus ou no avião.
15. "Gosto de sentar nos bancos da frente do ônibus (ou do avião) e, infelizmente, não posso trocar de lugar."
MIRIAN GOLDENBERG
16. "Por favor, não peça uma coisa dessas... Meu pai é militar, eu passei a infância trocando de lugar. Dá vontade de chorar, já sinto saudade dos meus amiguinhos – me abraça?"
MAGALI MORAES
Uma pessoa muito próxima gostaria que você fosse fiadora do apartamento que está alugando.
17. Eu contaria que já tive problemas anteriores por ter sido fiadora de uma grande amiga, o que destruiu a nossa amizade. Depois disso, prometi a mim mesma nunca mais desempenhar esse papel, pois prezo muito os meus amigos.
MIRIAN GOLDENBERG
Uma amiga quer que você deponha a seu favor numa separação litigiosa, mas você se considera próxima do ex-casal.
18. Ninguém merece uma encrenca dessas. Diga que o seu médico proibiu fortes emoções...
PADRE FÁBIO DE MELO
19. Acho adequado falar: Sinto muito, mas não posso te ajudar. Não tenho como me posicionar. Estou muito envolvida com a situação e acho que ele também tem suas razões". A grande cilada no que se refere à ética é escapulir da tomada de posição. Nada menos respeitoso do que dizer sempre "sim" apenas para fugir da situação e depois se ver envolvida em armadilhas cada vez maiores. Corremos sempre o risco de errar, de sermos injustas, mas seremos muito mais perniciosas se simplesmente nos omitirmos.
VIVIANE MOSÉ
Você está na fila do caixa do supermercado e alguém lhe pede para passar antes porque só tem "uma coisinha".
20. Eu diria que estou com muita, muita pressa e que tenho compromissos urgentes para resolver. Simples assim.
MIRIAN GOLDENBERG
21. "Desculpe, estou com muita pressa. Minha sogra vai chegar lá em casa daqui a dez minutos e eu nem arrumei a cama antes de sair. Imagine o vexame!"
MAGALI MORAES
O vizinho lhe pede para regar as plantas da casa dele enquanto estiver viajando.
22. "Faria com prazer, mas não tenho jeito para isso. Nem das minhas consigo cuidar!"
CLAUDIA MATARAZZO
Nas compras
Você está no salão e o cabeleireiro está cortando muito mais do que os três dedinhos que você pediu.
23. "Se você cortar menos, prometo voltar todo mês."
MARCO ANTONIO DI BIAGGI
24. Peço a ele para parar e vamos combinar, novamente, o que fazer. O cabelo é meu, o rosto é meu e tenho que me sentir bem com minha imagem.
DULCE CRITELLI
O funcionário do telemarketing insiste em "estar disponibilizando" um novo cartão de crédito.
25. Diga que está passando por uma crise financeira. Dramatize.
PADRE FÁBIO DE MELO
Sua manicure está louca para colocar as fofocas em dia e você não está a fim de conversar.
26. Peça uma revista.
MARCO ANTONIO DE BIAGGI
A vendedora mostrou tudo e você não quer levar nada.
27. "Obrigada, mas voltarei depois."
CLAUDIA MATARAZZO
O cabeleireiro passou horas arrumando seu cabelo, mas você não gostou.
28. "Eu pensava em outra coisa. Se não me acostumar, posso voltar?"
MARCO ANTONIO DE BIAGGI
Na cama (ou perto)
Seu parceiro sugere que vocês façam algo muito exótico.
29. Sem quebrar o clima, dá para dizer: "Acho que é de mais para mim..."
DULCE CRITELLI
30. Não estou preparada para isso. Podemos conversar depois sobre essa possibilidade?"
ANA CRISTINA CANOSA
O cara legal, mas que não é o seu tipo, convida você para sair.
31. "Meu namorado é ciumento."
MIRIAN GOLDENBERG
O parceiro sugere algo que você simplesmente não quer.
32. "Prefiro que você faça daquele jeito que me deixa louca..."
ANA CRISTINA CANOSA
33. "Isso não me excita" é uma boa resposta. Na cama, não há argumentos: há apenas desejos.
VIVIANE MOSÉ
Ele está fazendo tudo errado.
34. Assuma o controle!
ANA CRISTINA CANOSA
Ele quer tentar de novo logo depois de ter broxado.
35. "Deixe para amanhã. Prometo comprar uma calcinha sexy."
MAGALI MORAES
36. "Podemos ficar abraçados?"
ANA CRISTINA CANOSA
Você simplesmente não está a fim de fazer sexo.
37. "Tive um dia de cão. Vamos assistir a um filme hoje?"
ANA CRISTINA CANOSA
Ele está com mau hálito.
38. Chupe uma bala de menta e ofereça outra a ele.
ANA CRISTINA CANOSA
No trabalho
O gerente lhe passou uma missão extra, que vai fazer você estourar o prazo de todas as outras tarefas previstas para a semana.
39. Esse "não" deve ser elegante e amparado por bons argumentos. Explique o impacto da nova tarefa sobre os demais trabalhos e tenho certeza de que ele será solidário. O mito de que não se pode recusar nada ao che fe é falso. Seu gesto pode mostrar a ele quanto você é responsável e comprometida com suas tarefas. Negocie o prazo.
JAQUELINE WEIGEL
Seu chefe lhe pede que fique um pouquinho mais justamente na noite do único megashow da sua banda preferida na cidade.
40. Funcionários que abrem mão da vida privada em ocasiões importantes mostram inabilidade na gestão pessoal. Explique a seu chefe a importância de seu compromisso anteriormente assumido. Ele não poderia adivinhar, concorda?
JAQUELINE WEIGEL
41. Avise que ficará mais um pouquinho para ajudá-lo, mas não muito, pois sua banda favorita faz um show justo nessa noite, e você comprou os ingressos há muito tempo! Peça ajuda a alguém ou ofereça-se para chegar mais cedo no dia seguinte.
CELIA RIBEIRO
Seu chefe – ou seu subordinado – teve uma péssima idéia.
42. Não mostre na cara a reprovação. Tente demonstrar interesse pela idéia e, aos poucos, com o poder da argumentação, demonstre que não a achou tão boa assim.
PADRE FÁBIO DE MELO
43. Explique a ele por que, na sua opinião, é uma má idéia e por que não deve ser levada adiante. Os dois casos podem ter o mesmo tratamento. A pitada extra é expor seu ponto de vista sem agredir ou ofender.
JAQUELINE WEIGEL
Você não quer entrar na vaquinha para comprar o presente de casamento para o colega que mal conhece ou de quem não gosta.
44. "Nada pessoal, mas não entro em vaquinha. Sou filha única, não sei dividir nada com ninguém – já estou tratando isso na terapia."
MAGALI MORAES
45. Apenas decline elegantemente. Explicações não são necessárias e podem causar comentários. Não temos essas obrigações profissionais.
JAQUELINE WEIGEL
Um colega insiste que você minta sobre a participação dele numa empreitada coletiva.
46. Diga que não é justo com a equipe. Ele precisa assumir a responsabilidade de suas negligências. Envolva a dureza desse discurso num papel de presente bonito.
PADRE FÁBIO DE MELO
47. Eu diria que, por razões éticas, não posso mentir. Além disso, me sentiria muito mal com os outros colegas que realmente participaram.
MIRIAN GOLDENBERG
48. Um pedido como esse é uma total falta de ética. Recusar pode ajudar o colega a ser um pouco mais consciente de suas responsabilidades.
JAQUELINE WEIGEL
No restaurante
Você e seu marido encontram fortuitamente um casal de amigos que os convida para se sentarem com eles. Mas a idéia era curtir um jantar romântico...
49. "Ah, vai ter que ficar para a próxima. Hoje é nosso aniversário de primeiro beijo... Foi aqui, neste restaurante, e todo ano a gente reprisa a cena."
MAGALI MORAES
O maître lhe ofereceu uma mesa ruim, perto da cozinha.
50. Agradeça e vá embora. Da próxima vez ele pensará duas vezes antes de acomodar você...
PADRE FÁBIO DE MELO
51. Diga que desejava um local com mais privacidade. Se necessário, explique que não se incomoda em esperar mais um pouco por uma mesa melhor.
SERGIO ARNO
Seus amigos querem dividir a conta em partes iguais, mas você só comeu uma saladinha.
52. Deixe claro que prefere pagar só o que consumiu, mas prepare-se para ser tachada de pão-dura pela turma.
SERGIO ARNO
A amiga sugere dividir o prato. Você quer a porção inteira.
53. Diga que está com fome, sem frescura.
SERGIO ARNO
Você foi mal atendida e acha injusto pagar 10% como taxa de serviço ao garçom.
54. Explique ao garçom ou ao maître que não se sente à vontade em pagar por um serviço que não lhe agradou em nada.
SERGIO ARNO
55. A taxa de serviço pressupõe bom serviço. Quando o cliente reclama durante a refeição, nem precisa justificar o não-pagamento dos 10%. Se alguém reagir de forma desagradável, chame o maître ou o proprietário e exponha suas razões.
CELIA RIBEIRO
Vocé encontrou uma lagarta viva na sua salada.
56. Eu chamaria o gerente, mostraria o bicho e sairia imediatamente sem pagar a conta. Se fosse um restaurante do qual gostasse muito, mas muito mesmo, pediria para trocar o prato (nunca por uma salada) e perguntaria o que ele poderia fazer para agradar a uma cliente tão fiel.
MIRIAN GOLDENBERG
57. Chame o maître discretamente e peça a ele que troque o seu prato. Explique a situação de forma sutil, sem fazer alarde.
SERGIO ARNO
Dizer SIM para a vida
Durante uma semana, a repórter JÚLIA REIS encarou o desafio de topar tudo o que aparecesse em sua vida. E descobriu coisas importantes sobre si mesma
"Negativas e recusas são inevitáveis, principalmente se a situação coloca em jogo nosso bem-estar físico e emocional. Mas até que ponto simplesmente nos acostumamos a dizer "não" para qualquer proposta que sai da nossa zona de conforto? Será que automatizamos uma série de pequenos limites para nossa vida – e, aprisionadas por eles, estamos perdendo experiências valiosas? Tomada por esses questionamentos, aceitei a encomenda de passar uma semana dizendo " sim" para tudo (ou quase!). A idéia era aceitar convites, pedidos e oportunidades que surgissem, mesmo que triviais, para os quais eu normalmente diria "não". Um exercício de combater, no dia-a-dia, acomodações, inflexibilidade e inseguranças. Comecei desbravando um território que sempre achei o maior "mico": ir a um karaokê. Há meses enrolava as amigas e fugia do convite. Mas, quando começou a melodia de EU PRECISO DIZER QUE TE AMO, minha voz, trêmula, fluiu e me senti de fato em uma temporada de experiências libertadoras. Para que nos levarmos tanto a sério se podemos puramente nos divertir? Outros desafinados estiveram presentes naquele dia e meu desempenho não foi o mais marcante. Mas fui para casa com meu próprio troféu de autoconfiança.
Já que a exposição não era mais um obstáculo, enfrentei o microfone novamente e traduzi, a pedido de amigos, uma palestra budista. Anunciei logo de início que eu não era uma profissional e que gostaria de ajuda para complementar as lacunas do meu inglês. Com isso consegui um clima descontraído, colaborações da platéia e, mais que tudo, aceitação da minha imperfeição. Sem contar a tranqüilidade que me trouxe aquela sessão de meditação ao fim de um dia tenso. Repetindo os ensinamentos da professora, percebi quanto aqueles conceitos valiam para minha vida, tão cheia de ansiedade e de apego à auto-imagem.
Por fim, decidida a romper barreiras do ego e a me libertar de estereótipos, tomei consciência do meu status de solteira e aceitei sair no vamente com um homem que já havia declarado não querer compromisso. As regras de conduta e o orgulho feminino me diziam para evitá-lo, mas, ao assumir a diferença de objetivos entre nós, consegui desfrutar de ótima companhia, afeto sincero, risadas e de uma relação que foi além da amizade, mesmo que sem futuro.
Nada é para sempre – salvo filhos e tatuagens –, e as decisões não necessariamente definem quem somos. Mas um pequeno "sim" pode quebrar aquela verdade que carregamos com apego e nos libertar de uma expectativa tão rígida em relação ao mundo. Eu disse "sim" para a vida que estava acontecendo ao meu redor em vez de simplesmente esperar, parada, que algo mais acontecesse.
ANA CRISTINA CANOSA É SEXÓLOGA E TERAPEUTA
CELIA RIBEIRO É JORNALISTA E AUTORA DE ETIQUETA SÉCULO XXI (L&PM), ENTRE OUTROS LIVROS DE ETIQUETA
CLAUDIA MATARAZZO É JORNALISTA E CONSULTORA DE ETIQUETA
DULCE CRITELLI É TERAPEUTA E PROFESSORA DE FILOSOFIA DA PUC-SP
FÁBIO DE MELO É PADRE E AUTOR DE MULHERES DE AÇO E DE FLORES (EDITORA GENTE)
JAQUELINE WEIGEL É COACH FORMADA PELO INTEGRATED COACHING INSTITUTE (ICI), ÚNICO CURSO CREDENCIADO PELA FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE COACHING NO CONE SUL
MAGALI MORAES É PUBLICITÁRIA E ESCRITORA
MARCO ANTONIO DI BIAGGI É CABELEIREIRO DO SALÃO MG HAIR DESIGN
MIRIAN GOLDENBERG É ANTROPÓLOGA, PROFESSORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO E AUTORA DE TODA MULHER É MEIO LEILA DINIZ (BESTBOLSO)
SERGIO ARNO É COZINHEIRO E RESTAURATEUR
VIVIANE MOSÉ É FILÓSOFA E ESCRITORA
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
O Biólogo no Inferno.
Um Biólogo desceu aos portões do inferno e foi admitido.
Mal havia chegado, já estava insatisfeito com o baixo nível de higiene
do inferno.
Logo começou a fazer projetos e várias ações para coibir aquele caos.
Pouco tempo depois já não havia no inferno o insuportável mau hálito
nas pessoas.
Ninguém mais reclamava , os banheiros foram arrumados, e, por
conseguinte, estavam mais limpos e cheirosos..
O Biólogo era um cara muito popular por lá.
Um dia, Deus chamou o diabo ao telefone e perguntou, ironicamente:
- E então, como estão as coisas aí embaixo?
E o diabo respondeu:
- Uma maravilha! Agora aqui todos se beijam, sorriem uns aos outros,
não existe sujeira, as pessoas estão mais felizes... se alimentando
melhor... isso sem falar no que o nosso Biólogo está planejando para
breve!
Do outro lado da linha, surpreso, Deus exclamou:
- O quê!?! Vocês têm um Biólogo aí? Isso foi um engano! Biólogos nunca
vão para o inferno. Mande-o subir aqui, imediatamente!
O diabo respondeu:
- Sem possibilidade! Eu gostei de ter um Biólogo e continuarei mantendo-o aqui.
Deus, já mais irritado, fala em tom de ameaça:
- Mande-o para cá, agora, ou tomarei as medidas legais necessárias..
Eis que o diabo soltou uma gargalhada:
- Hahahaha...! Onde você vai arrumar um Advogado?
Mal havia chegado, já estava insatisfeito com o baixo nível de higiene
do inferno.
Logo começou a fazer projetos e várias ações para coibir aquele caos.
Pouco tempo depois já não havia no inferno o insuportável mau hálito
nas pessoas.
Ninguém mais reclamava , os banheiros foram arrumados, e, por
conseguinte, estavam mais limpos e cheirosos..
O Biólogo era um cara muito popular por lá.
Um dia, Deus chamou o diabo ao telefone e perguntou, ironicamente:
- E então, como estão as coisas aí embaixo?
E o diabo respondeu:
- Uma maravilha! Agora aqui todos se beijam, sorriem uns aos outros,
não existe sujeira, as pessoas estão mais felizes... se alimentando
melhor... isso sem falar no que o nosso Biólogo está planejando para
breve!
Do outro lado da linha, surpreso, Deus exclamou:
- O quê!?! Vocês têm um Biólogo aí? Isso foi um engano! Biólogos nunca
vão para o inferno. Mande-o subir aqui, imediatamente!
O diabo respondeu:
- Sem possibilidade! Eu gostei de ter um Biólogo e continuarei mantendo-o aqui.
Deus, já mais irritado, fala em tom de ameaça:
- Mande-o para cá, agora, ou tomarei as medidas legais necessárias..
Eis que o diabo soltou uma gargalhada:
- Hahahaha...! Onde você vai arrumar um Advogado?
terça-feira, 18 de novembro de 2008
O Amor Bate na Porta (Carlos Drummond de Andrade)
Cantiga de amor sem eira
nem beira,
vira o mundo de cabeça
para baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for,
é o amor.
Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito.
O amor bate na porta
o amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.
Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçam
a boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria.
Amor é bicho instruído.
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que corre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
que não ouso compreender...
nem beira,
vira o mundo de cabeça
para baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for,
é o amor.
Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito.
O amor bate na porta
o amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.
Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçam
a boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria.
Amor é bicho instruído.
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que corre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
que não ouso compreender...
Avivamento é trabalho (Oséas Porto)
Entendendo que a minha missão como pastor da Igreja Metodista aqui na Baixada Fluminense é em razão do bem espiritual e material de nosso povo, é que passo a escrever estas poucas linhas aos irmãos e irmãs de nossas Igrejas e a quem mais possa interessar. Com base no que o Senhor Jesus disse e Lucas registrou em Lc 7:14b, creio que é necessário refletirmos e colocarmos as coisas nos seus devidos lugares.
Fala-se muito em avivamento. Realmente todos desejamos que o Senhor da Igreja nos mande um grande avivamento. Mas que tipo de avivamento estamos desejando? É barulho? É um crescimento numérico sem a disciplina da santidade e da missão e sem a doutrina dentro dos parâmetros bíblicos e do Metodismo histórico? Crescer a qualquer preço, mesmo que mais tarde a falta de doutrina sufoque a unidade e a falta de unidade divida a Igreja? Ou será que pensamos num avivamento de amor, fruto de quebrantamento, de busca da graça, de entrega total da vida nas mãos soberanas de Deus e do serviço ao próximo que padece na miséria do pecado e da pobreza?
Deus tem confirmado na minha vida sua unção. Sou Batizado com o Espírito Santo. Creio portanto que o Senhor da Igreja fará sua Igreja crescer! Mas crescer com os redimidos que o Senhor nos acrescenta dia e dia e não pelos curiosos que se aproximam querendo show. Gosto de um culto fervoroso, animado; onde o povo louva com muita alegria no coração e na alma pela presença e pela salvação do Senhor. Gosto do barulho dos louvores, das orações comunitárias, da expressão de fé. Mas barulho e avivamento são diferentes.
O Senhor tem mostrado a mim e a minha comunidade de fé que o avivamento bíblico é fervor, é poder, é missão. Temos experimentado tudo isto e algo mais: o avivamento que Deus quer dar a sua Igreja é aquele que também leva a Igreja, seu Povo, para fora das quatro paredes afim de que se envolva nas lutas do nosso povo que sofre e padece como ovelhas sem pastor. Lutando ao lado e junto com os movimentos populares, exigindo de nossas autoridades em todos os níveis de governo direitos fundamentais à vida tais como saúde, moradia, educação, habitação, justiça, terra. Há muitas lutas justas nas quais Deus quer se envolver através de sua Igreja. E sua Igreja é chamada para revelar a Palavra de Deus, a vontade de Deus nestas situações e para somar forças pra fazer prevalecer a vontade do Senhor.
Na prática de nossa fé está o dever de exercer o testemunho consciente tão claramente anunciado e exigido no Evangelho: "Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, não sois dignos do Reino dos Céus" (Mt 5:20). Certamente um caminho obrigatório para que nossa justiça exceda à dos fariseus e escribas é quando denunciamos profeticamente o pecado e como ele se manifesta em nossa sociedade, colocando-nos ao lado dos fracos, oprimidos e deserdados por esta sociedade construída sobre os alicerces da violência, da ganância e da concorrência desleal, excludente e vazia de fraternidade. Denunciando a discriminação e a violência contra os meninos(as) de rua, contra as viúvas, órfãos, aposentados, encarcerados, favelados, deficientes mentais, etc. É preciso denunciar a violência contra a mulher, contra o pobre, contra a criança, contra o idoso. É preciso denunciar a corrupção no governo e em todos os níveis de vida: espalhar a santidade bíblica por toda a terra. É preciso exorcizar este sistema econômico que leva as pessoas à miséria... As portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja de Jesus!
Deus está exigindo que seu povo tome uma posição em seu nome dia a dia nesta sociedade em favor da justiça, da verdade, da solidariedade, do Evangelho. Jesus com sua mensagem e com sua vida nos ensinou isto. Por que alguns avivamentos levam algumas pessoas a serem mais parecidas com os fariseus do que com Jesus? John Wesley foi um homem avivado, não só no culto dentro das quatro paredes nem nas pregações ao ar livre. Ele e os metodistas de seu tempo eram fervorosos combatentes da escravidão, da exploração da mão de obra barata da mulher e das crianças nas minas de carvão e na indústria manufatureira. Combateu o alcoolismo e as pessoas que se enriqueciam vendendo e fabricando o álcool. Avivamento de Deus não é conforto pra crente preguiçoso e medroso, mas é serviço, muito serviço pra ser feito no nome de Deus. É pra isso que Ele unge, capacita e dá poder ao seu povo. Queremos terra, saúde, habitação e vida abundante na terra, pois como salvos já temos terra, lugar, saúde e vida eterna nos Céus!
Oro para que sejamos avivados, cheios de poder e vida para servir a Deus e não apenas para que nos sirvamos de Deus e seus cuidados e bênçãos! Que sejamos como John Wesley, que foi como o Apóstolo Paulo, que foi como Jesus, que era varão perfeito diante de Deus.
Fala-se muito em avivamento. Realmente todos desejamos que o Senhor da Igreja nos mande um grande avivamento. Mas que tipo de avivamento estamos desejando? É barulho? É um crescimento numérico sem a disciplina da santidade e da missão e sem a doutrina dentro dos parâmetros bíblicos e do Metodismo histórico? Crescer a qualquer preço, mesmo que mais tarde a falta de doutrina sufoque a unidade e a falta de unidade divida a Igreja? Ou será que pensamos num avivamento de amor, fruto de quebrantamento, de busca da graça, de entrega total da vida nas mãos soberanas de Deus e do serviço ao próximo que padece na miséria do pecado e da pobreza?
Deus tem confirmado na minha vida sua unção. Sou Batizado com o Espírito Santo. Creio portanto que o Senhor da Igreja fará sua Igreja crescer! Mas crescer com os redimidos que o Senhor nos acrescenta dia e dia e não pelos curiosos que se aproximam querendo show. Gosto de um culto fervoroso, animado; onde o povo louva com muita alegria no coração e na alma pela presença e pela salvação do Senhor. Gosto do barulho dos louvores, das orações comunitárias, da expressão de fé. Mas barulho e avivamento são diferentes.
O Senhor tem mostrado a mim e a minha comunidade de fé que o avivamento bíblico é fervor, é poder, é missão. Temos experimentado tudo isto e algo mais: o avivamento que Deus quer dar a sua Igreja é aquele que também leva a Igreja, seu Povo, para fora das quatro paredes afim de que se envolva nas lutas do nosso povo que sofre e padece como ovelhas sem pastor. Lutando ao lado e junto com os movimentos populares, exigindo de nossas autoridades em todos os níveis de governo direitos fundamentais à vida tais como saúde, moradia, educação, habitação, justiça, terra. Há muitas lutas justas nas quais Deus quer se envolver através de sua Igreja. E sua Igreja é chamada para revelar a Palavra de Deus, a vontade de Deus nestas situações e para somar forças pra fazer prevalecer a vontade do Senhor.
Na prática de nossa fé está o dever de exercer o testemunho consciente tão claramente anunciado e exigido no Evangelho: "Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, não sois dignos do Reino dos Céus" (Mt 5:20). Certamente um caminho obrigatório para que nossa justiça exceda à dos fariseus e escribas é quando denunciamos profeticamente o pecado e como ele se manifesta em nossa sociedade, colocando-nos ao lado dos fracos, oprimidos e deserdados por esta sociedade construída sobre os alicerces da violência, da ganância e da concorrência desleal, excludente e vazia de fraternidade. Denunciando a discriminação e a violência contra os meninos(as) de rua, contra as viúvas, órfãos, aposentados, encarcerados, favelados, deficientes mentais, etc. É preciso denunciar a violência contra a mulher, contra o pobre, contra a criança, contra o idoso. É preciso denunciar a corrupção no governo e em todos os níveis de vida: espalhar a santidade bíblica por toda a terra. É preciso exorcizar este sistema econômico que leva as pessoas à miséria... As portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja de Jesus!
Deus está exigindo que seu povo tome uma posição em seu nome dia a dia nesta sociedade em favor da justiça, da verdade, da solidariedade, do Evangelho. Jesus com sua mensagem e com sua vida nos ensinou isto. Por que alguns avivamentos levam algumas pessoas a serem mais parecidas com os fariseus do que com Jesus? John Wesley foi um homem avivado, não só no culto dentro das quatro paredes nem nas pregações ao ar livre. Ele e os metodistas de seu tempo eram fervorosos combatentes da escravidão, da exploração da mão de obra barata da mulher e das crianças nas minas de carvão e na indústria manufatureira. Combateu o alcoolismo e as pessoas que se enriqueciam vendendo e fabricando o álcool. Avivamento de Deus não é conforto pra crente preguiçoso e medroso, mas é serviço, muito serviço pra ser feito no nome de Deus. É pra isso que Ele unge, capacita e dá poder ao seu povo. Queremos terra, saúde, habitação e vida abundante na terra, pois como salvos já temos terra, lugar, saúde e vida eterna nos Céus!
Oro para que sejamos avivados, cheios de poder e vida para servir a Deus e não apenas para que nos sirvamos de Deus e seus cuidados e bênçãos! Que sejamos como John Wesley, que foi como o Apóstolo Paulo, que foi como Jesus, que era varão perfeito diante de Deus.
95 Teses para a Igreja de Hoje (José Barbosa Junior - organizador)
No dia 31 de Outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero afixou, na Abadia de Wittemberg, 95 teses em que desafiava a Igreja Católica a debater sobre a venda de indulgências. O fato desencadeou o que mais tarde seria conhecido como a Reforma Protestante, movimento que marcou a história da humanidade.
491 anos depois, ao vermos a igreja "protestante" navegar por mares incertos e perigosos, decidimos lançar em comemoração a esta data tão importante em nossa história, um manifesto pela volta à simplicidade do Evangelho, segundo as Escrituras.
O lema Eclesia reformata, semper reformanda, deve estar sempre ecoando em nossos ouvidos, chamando-nos à responsabilidade de sempre caminharmos segundo a Palavra, sem nos deixarmos levar por ventos de doutrinas e movimentos que tentam transformar a Igreja de Cristo, num circo eclesiástico, nas mãos de líderes inescrupulosos, que manipulam o povo ao seu bel prazer, tudo isso em nome de Deus! Fica lançado aqui o nosso desafio. Não temos a pretensão de iniciarmos uma "nova reforma", mas simplesmente levar o povo de Deus a uma reflexão sincera e bíblica daquilo que temos vivido como Igreja de Cristo em nosso tempo.
O texto abaixo surge muito mais como desabafo e lamento do que como proposta de revolução.
"Non nobis Domine, sed nomini Tuo da gloriam" (Salmo 115.1)
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95 Teses para a Igreja de Hoje
1 – Reafirmamos a supremacia das Escrituras Sagradas sobre quaisquer visões, sonhos ou novas revelações que possam aparecer. (Mc 13.31)
2 – Entendemos que todas as doutrinas, idéias, projetos ou ministérios devem passar pelo crivo da Palavra de Deus, levando-se em conta sua total revelação em Cristo e no Novo Testamento do Seu sangue. (Hb 1.1-2)
3 – Repudiamos toda e qualquer tentativa de utilização do texto sagrado visando a manipulação e domínio do povo que, sinceramente, deseja seguir a Deus. (2 Pe 1.20)
4 – Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e que contém TODA a revelação que Deus julgou necessária para todos os povos, em todos os tempos, não necessitando de revelações posteriores, sejam essas revelações trazidas por anjos, profetas ou quaisquer outras pessoas. (2 Tm 3.16)
5 – Que o ensino coerente das Escrituras volte a ocupar lugar de honra em nossas igrejas. Que haja integridade e fidelidade no conhecimento da Palavra tanto por parte daqueles que a estudam como, principalmente, por parte daqueles que a ensinam. (Rm 12.7; 2 Tm 2.15)
6 – Que princípios relevantes da Palavra de Deus sejam reafirmados sempre: a soberania de Deus, a suficiência da graça, o sacrifício perfeito de Cristo e Sua divindade, o fim do peso da lei, a revelação plena das Escrituras na pessoa de Cristo, etc. (At 2.42)
7 – Cremos que o mundo jaz no maligno, conforme nos garantem as Escrituras, não significando, porém, que Satanás domine este mundo, pois "do Senhor é a Terra e sua Plenitude, o mundo e os que nele habitam". (1 Jo 5.19; Sl 24.1)
8 – Cremos que a vitória de Jesus sobre Satanás foi efetivada na cruz, onde Cristo "expôs publicamente os principados e potestades à vergonha, triunfando sobre eles" e que essa vitória teve como golpe final a ressurreição, onde o último trunfo do diabo, a saber, a morte, também foi vencido. (Cl 2.15; 1 Co 15.20-26)
9 – Acreditamos que o cristão verdadeiro, uma vez liberto do império das trevas e trazido para o Reino do Filho do amor de Deus, conhecendo a verdade e liberto por ela, não necessita de sessões contínuas de libertação, pois isso seria uma afronta à Cruz de Cristo. (Cl 1.13; Jo 8.32,36)
10 – Cremos que o diabo existe, como ser espiritual, mas que está subjugado pelo poder da cruz de Cristo, onde ele, o diabo, foi vencido. Portanto, não há a necessidade de se "amarrar" todo o mal antes dos cultos, até porque o grande Vencedor se faz presente. (1 Co 15.57; Mt 18.20)
11 – Declaramos que nós, cristãos, estamos sujeitos à doenças, males físicos, problemas relativos à saúde, e que não há nenhuma obrigação da parte de Deus em curar-nos, e que isso de forma alguma altera o seu caráter de Pai amoroso e Deus fiel. (Jo 16.33; 1 Tm 5.23)
12 – Entendemos que a prosperidade financeira pode ser uma benção na vida de um cristão, mas que isso não é uma regra. Deus não tem nenhum compromisso de enriquecer e fazer prosperar um cristão. (Fp 4.10-12)
13 – Reconhecemos que somos peregrinos nesta terra. Não temos, portanto, ambições materiais de conquistar esta terra, pois "nossa pátria está nos céus, de onde aguardamos a vinda do nosso salvador, Jesus Cristo". (1 Pe 2.11)
14 – Nossas petições devem sempre sujeitar-se à vontade de Deus. "Determinar", "reivindicar", "ordenar" e outros verbos autoritários não encontram eco nas Escrituras Sagradas. (Lc 22.42)
15 – Afirmamos que a frase "Pare de sofrer", exposta em muitas igrejas, não reflete a verdade bíblica. Em toda a Palavra de Deus fica clara a idéia de que o cristão passa por sofrimentos, às vezes cruéis, mas ele nunca está sozinho em seu sofrer. (Rm 8.35-37)
16 – Reafirmamos que, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, sendo os mesmos livres de quaisquer maldições passadas, conhecidas ou não, pelo poder da cruz e do sangue de Cristo, que nos livra de todo o pecado e encerra em si mesmo toda a maldição que antes estava sobre nós. (Rm 8.1)
17 – Entendemos que a natureza criada participa das dores, angústias e conseqüências da queda do homem, e que aguarda com ardente expectativa a manifestação dos filhos de Deus. (Rm 8.19-23)
18 – Reconhecemos a suficiência e plenitude da graça de Cristo, não necessitando assim, de quaisquer sacrifícios ou barganhas para se alcançar a salvação e favores de Deus. (Ef 2.8-9)
19 – Reconhecemos também a suficiência da graça em TODOS os aspectos da vida cristã, dizendo com isso que não há nada que possamos fazer para "merecermos" a atenção de Deus. (Rm 3.23; 2 Co 12.9)
20 – Que nossos cultos sejam mais revestidos de elementos de nossa cultura. Que a brasilidade latente em nossas veias também sirva como elemento de adoração e liturgia ao nosso Deus. (1 Co 7.20)
21 – Que entendamos que vivemos num "país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza". Portanto, que não seja mais "obrigatório" aos pastores e líderes o uso de trajes mais adequados ao clima frio ou extremamente formais. Que celebremos nossa tropicalidade com graça e alegria diante de Deus e dos homens. (1 Co 9.19-23)
22 – Que nossa liturgia seja leve, alegre, espontânea, vibrante, como é o povo brasileiro. Que haja brilho nos olhos daqueles que se reúnem para adorar e ouvir da Palavra e que Deus se alegre de nosso modo brasileiro de cultuá-LO. (Salmo 100)
23 – Que as igrejas entendam que Deus pode ser adorado em qualquer ritmo, e que a igreja brasileira seja despertada para a riqueza dos vários sons e ritmos brasileiros e entenda que Deus pode ser louvado através de um baião, xote, milonga, frevo, samba, etc... (Sl 150)
24 – Que retornemos ao princípio bíblico, vivido pela igreja chamada primitiva, de que "ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum." (At 4.32)
25 – Que não condenemos nenhum irmão por ter caído em pecado, ou por seu passado. Antes, seguindo a Palavra, corrijamos a ovelha ferida com espírito de brandura, guardando-nos para que não sejamos também tentados. (Gl 6.1)
26 – Que ninguém seja culpado por duvidar de algo. Que haja espaço em nosso meio para dúvidas e questionamentos. Que ninguém seja recriminado por "falta de fé". Que haja maturidade para acolher o fraco e sabedoria para ensiná-lo na Palavra. A fé vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra de Deus. (Rm 14.1; Rm 10.17)
27 – Que a igreja reconheça que são as portas do inferno que não prevalecerão contra ela e não a igreja que tem que se defender do "exército inimigo". Que essa consciência nos leve à prática da fé e do amor, e que isso carregue consigo o avançar do Reino de Deus sobre a terra. (Mt 16.18)
28 – Cremos na plena ação do Espírito Santo, mas reconhecemos que em muitas situações e igrejas, há enganos em torno do ensino sobre dons e abusos em suas manifestações. (Hb 13.8; 1 Co 12.1)
29 – Que nossas estatísticas sejam mais realistas e não utilizadas para, mentindo, "disputarmos" quais são as maiores igrejas; o Reino é bem maior que essas futilidades. (Lc 22.24-26)
30 – Que os neófitos sejam tratados com carinho, ensinados no caminho, e não expostos aos púlpitos e à "fama" antes de estarem amadurecidos na fé, para que não se ensoberbeçam e caiam nas ciladas do diabo. (1 Tm 3.6)
31 – Que saibamos valorizar a nossa história, certos de que homens e mulheres deram suas vidas para que o Evangelho chegasse até nós. (Hb 12.1-2)
32 – Que sejamos conhecidos não por nossas roupas ou por nossos jargões lingüísticos, mas por nossa ética e amor para com todos os homens, refletindo assim, a luz de Cristo para todos os povos. (Mt 5.16)
33 – Que arda sempre em nosso peito o desejo de ver Cristo conhecido em todas as culturas, raças, tribos, línguas e nações. Que missões seja algo sempre inerente ao próprio ser do cristão, obedecendo assim à grande comissão que Jesus nos outorgou. (Mt 28.18-20)
34 – Reconhecemos que muitas igrejas chamam de pecado aquilo que a Bíblia nunca chamou de pecado. (Lc 11.46)
35 – A participação de cristãos e pastores em entidades e sociedades secretas é perniciosa e degradante para a simplicidade e pureza do evangelho. Não entendemos como líderes que dizem servir ao Deus vivo sujeitam-se à juramentos que vão de encontro à Palavra de Deus, colocando-se em comunhão espiritual com não cristãos declarando-se irmãos, aceitando outros deuses como verdadeiros. (Lv 5.4-6,10; Ef 5.11-12; 2 Co 6.14)
36 – Rejeitamos a idéia do messianismo político, que afirma que o Brasil só será transformado quando um "justo" (que na linguagem das igrejas significa um membro de igreja evangélica) dominar sobre esta terra. O papel de transformação da sociedade, pelos princípios cristãos, cabe à Igreja e não ao Estado. O Reino de Deus não é deste mundo, e lamentamos a manipulação e ambição de alguns líderes evangélicos pelo poder terreal. (Jo 18.36)
37 – Que os púlpitos não sejam transformados em palanques eleitorais em épocas de eleição. Que nenhum pastor induza o seu rebanho a votar neste ou naquele candidato por ser de sua preferência ou interesse pessoal. Que haja liberdade de pensamento e ideologia política entre o rebanho. (Gl 1.10)
38 – Que as igrejas recusem ajuda financeira ou estrutural de políticos em épocas de campanha política a fim de zelarem pela coerência e liberdade do Evangelho. (Ez 13.19)
39 – Que os membros das igrejas cobrem esta atitude honrada de seus líderes. Caso contrário, rejeitem a recomendação perniciosa de sua liderança. (Gl 2.11)
40 – Negamos, veementemente, no âmbito político, qualquer entidade que se diga porta-voz dos evangélicos. Nós, cristãos evangélicos, somos livres em nossas ideologias políticas, não tendo nenhuma obrigação com qualquer partido político ou organização que se passe por nossos representantes. (Mt 22.21)
41 – O versículo bíblico "Feliz a nação cujo Deus é o Senhor" não deve ser interpretado sob olhares políticos como "Feliz a nação cujo presidente é evangélico" e nem utilizado para favorecer candidatos que se arroguem como cristãos. (Sl 144.15)
42 – Repugnamos veementemente os chamados "showmícios" com artistas evangélicos. Entendemos ser uma afronta ao verdadeiro sentido do louvor a participação desses músicos entoando hinos de "louvor a Deus" para angariarem votos para seus candidatos. (Ex 20.7)
43 – Cremos que o Reino também se manifesta na Igreja, mas é maior que ela. Deus não está preso às paredes de uma religião. O Espírito de Deus tem total liberdade para se manifestar onde quiser, independente de nossas vontades. (At 7.48-49)
44 – Nenhum pastor, bispo ou apóstolo (ou qualquer denominação que se dê ao líder da igreja local) é inquestionável. Tudo deve ser conferido conforme as Escrituras. Nenhum homem possui a "patente" de Deus para as suas próprias palavras. Portanto, estamos livres para, com base nas Escrituras, questionarmos qualquer palavra que não esteja de acordo com as mesmas. (At 17.11)
45 – Ninguém deve ser julgado por sua roupa, maquiagem ou estilo. As opiniões pessoais de pastores e líderes quanto ao vestuário e estilo pessoal não devem ser tomadas como Palavras de Deus e são passíveis de questionamentos. Mas que essa liberdade pessoal seja exercida como servos de Cristo, com sabedoria e equilíbrio. (Rm 14.22)
46 – Que nenhum pastor, bispo ou apóstolo se utilize do versículo bíblico "não toqueis no meu ungido" para tornarem-se inquestionáveis e isentos de responsabilidade por aquilo que falam e fazem no comando de suas igrejas. (Ez 34.2; 1 Cr 16.22)
47 – Que ninguém seja ameaçado por seus líderes de "perder a salvação" por questionarem seus métodos, palavras e interpretações. Que essas pessoas descansem na graça de Deus, cientes de que, uma vez salvas pela graça estão guardadas sob a égide do sangue do cordeiro, de cujas mãos, conforme Ele mesmo nos afirma, nenhuma ovelha escapará. (Jo 10.28-29)
48 – Que estejamos cada vez mais certos de que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Que a febre de erguermos "palácios" para Deus dê lugar à simplicidade e humildade do bebê que nasce na manjedoura, e nem por isso, deixa de ser Rei do Universo. (At 7.48-50)
49 – Que nenhum movimento, modelo, ou "pacote" eclesiástico seja aceito como o ÚNICO vindo de Deus, e nem recebido com a "solução" para o crescimento da igreja. Cremos que é Deus quem dá o crescimento natural a uma igreja que se coloca sob Sua Palavra e autoridade. (At 2.47; 1 Co 3.6)
50 – Que nenhum grupo religioso julgue-se superior a outro pelo NÚMERO de pessoas que aderem ao seu "mover". Nem sempre crescimento numérico representa crescimento sadio. (Gl 6.3)
51 – Que a idolatria evangélica para com pastores, apóstolos, bispos, cantores, seja banida de nosso meio como um câncer é extirpado para haver cura do corpo. Que a existência de fã-clubes e a "tietagem" evangélica sejam vistos como uma afronta e como tentativa de se dividir a glória de Deus com outras pessoas. (Is 42.8; At 10.25-26)
52 – Reafirmamos que o véu que fazia separação entre o povo e o lugar santo, foi rasgado de alto a baixo quando da morte de Cristo. TODO cristão tem livre acesso a Deus pelo sangue de Cristo, não necessitando da mediação de quem quer que seja. (Hb 4.16; 2 Tm 2.15)
53 – Que os pastores, bispos e apóstolos arrependam-se de utilizarem-se de argumentos fúteis para justificarem suas vidas regaladas. Carro importado do ano, casa nova e prosperidade financeira não devem servir de parâmetros para saber se um ministério é ou não abençoado. Que todos nós aprendamos mais da simplicidade de Cristo. (Mt 8.20)
54 – Não reconhecemos a autoridade de bispos, apóstolos e líderes que profetizam a respeito de datas para a volta de Cristo. Ninguém tem autoridade para falar, em nome de Deus, sobre este assunto. (Mc 13.32)
55 – "O profeta que tiver um sonho, conte-o como sonho. Mas aquele a quem for dado a Palavra de Deus, que pregue a Palavra de Deus." Que sejamos sábios para não misturar as coisas. (Jr 23.28)
56 – Que o ministério pastoral seja reconhecidamente um dom, e não um título a ser perseguido. Que aqueles que exercem o ministério, sejam homens ou mulheres, o exerçam segundo suas forças, com todo o seu coração e entendimento, buscando sempre servir a Deus e aos homens, sendo realmente ministros de Deus. (1 Tm 3.1; Rm 12.7)
57 – Que os cânticos e hinos sejam mais centralizados na pessoa de Deus no que na primeira pessoa do singular (EU). (Jo 3.30)
58 – Que ninguém seja obrigado a levantar as mãos, fechar os olhos, dizer alguma coisa para o irmão do lado, pular, dançar... mas que haja liberdade no louvor tanto para fazer essas coisas como para não fazer. E que ninguém seja julgado por isso. (2 Co 3.17)
59 – Que as nossas crianças vivam como crianças e não sejam obrigadas a se tornarem como nós, adultos, violentando a sua infância e fazendo com que se tornem "estrelas" do evangelho ou mesmo "produtos" a serem utilizados por aduladores e pastores que visam, antes de tudo, lotarem seus templos com "atrações" curiosas, como "a menor pregadora do mundo", etc... (Lc 18.16; 1 Tm 3.6)
60 – Que as "Marchas para Jesus" sejam realmente para Jesus, e não para promover igrejas que estão sob suspeita e líderes questionáveis. Muito menos para promover políticos e aproveitadores desses mega-eventos evangélicos. (1 Co 10.31)
61 – Nenhuma igreja ou instituição se julgue detentora da salvação. Cristo está acima de toda religião e de toda instituição religiosa. O Espírito é livre e sopra onde quer. Até mesmo fora dos arraiais "cristãos". (At 4.12; Jo 3.8)
62 – Que as livrarias ditas "cristãs" sejam realmente cristãs e não ajudem a proliferar literaturas que deturpam a palavra de Deus e que valorizam mais a experiência de algumas pessoas do que o verdadeiro ensino da Palavra. (Mq 3.11; Gl 1.8-9)
63 – Cremos que "declarações mágicas" como "O Brasil é do Senhor Jesus" e outras equivalentes não surtem efeito algum nas regiões celestiais e servem como fator alienante e fuga das responsabilidades sociais e evangelísticas realmente eficazes na propagação do Evangelho. (Tg 2.15-16)
64 – Consideramos uma afronta ao Evangelho as novas unções como "unção dos 4 seres viventes", "unção do riso", etc... pois além de não possuírem NENHUM respaldo bíblico ainda expõem as pessoas a situações degradantes e constrangedoras. (2 Tm 4.1-4)
65 – Cremos, firmemente, que todo cristão genuíno, nascido de novo, já possui a unção que vem de Deus, não necessitando de "novas unções". (1 Jo 2.20,27)
66 – Lamentamos a transformação do culto público a Deus em momentos de puro entretenimento "gospel", com a presença de animadores de auditório e pastores que, vazios da Palavra, enchem o povo de bobagens e frases de efeito que nada tem a ver com a simplicidade e profundidade do Evangelho de Cristo. (Rm 12.1-2)
67 – É necessário uma leitura equilibrada do livro de Cantares de Salomão. A poesia, muitas vezes erótica e sensual do livro tem sido de forma abusiva e descontextualizada atribuída a Cristo e à igreja. (Ct 1.1)
68 – Não consideramos qualquer instrumento, seja de que origem for, mais santo que outros. Instrumentos judaicos, como o shophar, não têm poderes sobrenaturais e nem são os instrumentos "preferidos" de Deus. Muitas igrejas têm feito do shophar "O" instrumento, dizendo que é ordem de Deus que se toque o shophar para convocar o povo à guerra. Repugnamos essa idéia e reafirmamos a soberania de Deus sobre todos os instrumentos musicais. (Sl 150)
69 – Rejeitamos a idéia de que Deus tem levantado o Brasil como o novo "Israel" para abençoar todos os povos. Essa idéia surge de mentes centralizadoras e corações desejosos de serem o centro da voz de Deus na Terra. O SENHOR reina sobre toda a Terra e ama a todos os povos com Seu grande amor incondicional. (Jo 3.16)
70 – Lamentamos o estímulo e o uso de "amuletos" cristãos como "água do rio Jordão", "areia de Israel" e outros que transformam a fé cristã numa fé animista e necessitada de "catalisadores" do poder de Deus. (Hb 11.1)
71 – Que o profeta que "profetizar" algo e isso não se cumprir, seja reconhecido como falso profeta, segundo as Escrituras. (Ez 13.9; Dt 18.22)
72 – Rejeitamos as músicas que consistem de repetições infindáveis, a fim de levar o povo ao êxtase induzido, fragilizando a mente de receber a Palavra e prestar a Deus culto racional, conforme as Escrituras. (Rm 12.1-2; 1 Co 14.15)
73 – Deixemos de lado a busca desenfreada de títulos e funções do Antigo Testamento, como levitas, gaditas, etc... Tudo se fez novo em Cristo Jesus, onde TODOS nós fomos feitos geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido. (1 Pe 2.9)
74 – Que então os ministros e dirigentes de música sejam simplesmente ministros e dirigentes de música, exercendo talentos e dons que Deus livremente distribuiu em Sua igreja, não criando uma "classe superior" de "levitas", até porque os mesmos já não existem entre nós. (Rm 12.3-5)
75 – Que haja consciência sobre aquilo que se canta. Que sejamos fiéis à Palavra quando diz "cantarei com o meu espírito, mas também cantarei com meu entendimento". (1 Co 14.15)
76 – Não consideramos que "há poder em nossas palavras" como querem os adeptos dessa teologia da "confissão positiva". Deus não está sujeito ao que falamos e não serão nossas palavras capazes de trazer maldição ou benção sobre quem quer que seja, se essa não for, antes de tudo, a vontade expressa de Deus através de nossas bocas. (Gl 1.6-7)
77 – Rejeitamos a onda de "atos proféticos" que, sem base e autoridade nas Escrituras, confundem e desvirtuam o sentido da Palavra, ainda comprometendo seriamente a sanidade e a coerência das pessoas envolvidas. (Mt 7.22-23)
78 - Apresentar uma noiva pura e gloriosa, adequadamente vestida para o seu noivo, não consiste em "restaurar a adoração" ou apresentar a Deus uma falsa santidade, mas em fazer as obras que Jesus fez — cuidar dos enfermos e quebrantados de coração, pregar o evangelho aos humildes, e viver a cada respirar a vontade de Deus revelada na Sua palavra — deixando para trás o pecado, deixando para trás o velho homem, e nos revestindo no novo (Tg 1.27)
79 – Discordamos dos "restauradores das coisas perdidas" por não perceberem a mão de Deus na história, sempre mantendo um remanescente fiel à Palavra e ao Testemunho. Dizer que Deus está "restaurando a adoração", "restaurando o ministério profético", etc... é desprezar o sangue dos mártires, o testemunho dos fiéis e a adoração prestada a Deus durante todos esses séculos. (Hb 12.1-2)
80 – Lamentamos a transformação da fé cristã em shows e mega-eventos que somos obrigados a assistir nas TVs, onde a figura humana e as ênfases nos "milagres" e produtos da fé sobrepujam as Escrituras e a pregação sadia da Palavra de Deus. (Jo 3.30)
81 – Deus não nos chamou para sermos "leões que rugem", mas fomos considerados como ovelhas levadas ao matadouro, por amor a Deus. Mas ainda assim, somos mais que vencedores por Aquele que nos amou. (Lc 10.3; Rm 8.36)
82 – Entendemos como abusivas as cobranças de "cachês" para "testemunhos". Que fique bem claro que aquilo que é recebido de graça, deve ser dado de graça, pois nos cabe a obrigação de pregar o evangelho. (Mt 10.8)
83 – Que movimentos como "dança profética", "louvor profético" e outros "moveres proféticos" sejam analisados sinceramente segundo as Escrituras e, por conseqüência, deixados de lado pelo povo que se chama pelo nome do Senhor. (2 Tm 4.3-4)
84 – Que a cruz de Cristo, e não o seu trono, sejam o centro de nossa pregação! (1 Co 2.2)
85 – Reafirmamos que, quaisquer que sejam as ofertas e dízimos, que sejam entregues por pura gratidão, e com alegria. Que nunca sejam dados por obrigação e nem entregues como troca de bênçãos para com Deus. Muito menos sejam dados como fruto do medo do castigo de Deus ou de seus líderes. Deus ama ao que dá com alegria! (2 Co 9.7)
86 – Que a igreja volte-se para os problemas sociais à sua volta, reconheça sua passividade e volte à prática das boas obras, não como fator para a salvação, mas como reflexo da graça que se manifesta de forma visível e encarnada. "Pois tive fome... e me destes de comer..." (Mt 25.31-46; Tg 2.14-18)
87 – Cremos, conforme a Palavra que há UM SÓ MEDIADOR entre Deus e os homens – Jesus Cristo. Nenhuma igreja local, ou seu líder, podem arrogar para si o direito de mediar a comunhão dos homens e Deus. (1 Tm 2.5)
88 – Lamentamos o comércio que em que se transformou a música evangélica brasileira. Infelizmente impera, por exemplo, a "máfia" das rádios evangélicas, que só tocam os artistas de suas respectivas gravadoras, alienam o nosso povo através da massificação dos "louvores" comerciais, e não dão espaço para tanta gente boa que há em nosso meio, com compromisso de qualidade musical e conteúdo poético, lingüístico e, principalmente, bíblico. (Mc 11.15-17)
89 – Que os pastores ajudem a diminuir a indústria de testemunhos e a "máfia" das gravadoras evangélicas. Que valorizem a simples pregação da Palavra ao invés do espetáculo "gospel" a fim de terem igrejas "lotadas" para ouvirem as "atrações" da fé. (1 Pe 5.2)
90 – Que sejamos livres para "examinarmos tudo e retermos o que é bom". (1 Ts 5.21)
91 – Somente as Escrituras. (Jo 14.21;17.17)
92 – Somente a Graça. (Ef 2.8-9)
93 – Somente a Fé. (Rm 1.17)
94 – Somente Cristo. (At 17.28)
95 – Glória somente a Deus (Jd 24-25)
491 anos depois, ao vermos a igreja "protestante" navegar por mares incertos e perigosos, decidimos lançar em comemoração a esta data tão importante em nossa história, um manifesto pela volta à simplicidade do Evangelho, segundo as Escrituras.
O lema Eclesia reformata, semper reformanda, deve estar sempre ecoando em nossos ouvidos, chamando-nos à responsabilidade de sempre caminharmos segundo a Palavra, sem nos deixarmos levar por ventos de doutrinas e movimentos que tentam transformar a Igreja de Cristo, num circo eclesiástico, nas mãos de líderes inescrupulosos, que manipulam o povo ao seu bel prazer, tudo isso em nome de Deus! Fica lançado aqui o nosso desafio. Não temos a pretensão de iniciarmos uma "nova reforma", mas simplesmente levar o povo de Deus a uma reflexão sincera e bíblica daquilo que temos vivido como Igreja de Cristo em nosso tempo.
O texto abaixo surge muito mais como desabafo e lamento do que como proposta de revolução.
"Non nobis Domine, sed nomini Tuo da gloriam" (Salmo 115.1)
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95 Teses para a Igreja de Hoje
1 – Reafirmamos a supremacia das Escrituras Sagradas sobre quaisquer visões, sonhos ou novas revelações que possam aparecer. (Mc 13.31)
2 – Entendemos que todas as doutrinas, idéias, projetos ou ministérios devem passar pelo crivo da Palavra de Deus, levando-se em conta sua total revelação em Cristo e no Novo Testamento do Seu sangue. (Hb 1.1-2)
3 – Repudiamos toda e qualquer tentativa de utilização do texto sagrado visando a manipulação e domínio do povo que, sinceramente, deseja seguir a Deus. (2 Pe 1.20)
4 – Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e que contém TODA a revelação que Deus julgou necessária para todos os povos, em todos os tempos, não necessitando de revelações posteriores, sejam essas revelações trazidas por anjos, profetas ou quaisquer outras pessoas. (2 Tm 3.16)
5 – Que o ensino coerente das Escrituras volte a ocupar lugar de honra em nossas igrejas. Que haja integridade e fidelidade no conhecimento da Palavra tanto por parte daqueles que a estudam como, principalmente, por parte daqueles que a ensinam. (Rm 12.7; 2 Tm 2.15)
6 – Que princípios relevantes da Palavra de Deus sejam reafirmados sempre: a soberania de Deus, a suficiência da graça, o sacrifício perfeito de Cristo e Sua divindade, o fim do peso da lei, a revelação plena das Escrituras na pessoa de Cristo, etc. (At 2.42)
7 – Cremos que o mundo jaz no maligno, conforme nos garantem as Escrituras, não significando, porém, que Satanás domine este mundo, pois "do Senhor é a Terra e sua Plenitude, o mundo e os que nele habitam". (1 Jo 5.19; Sl 24.1)
8 – Cremos que a vitória de Jesus sobre Satanás foi efetivada na cruz, onde Cristo "expôs publicamente os principados e potestades à vergonha, triunfando sobre eles" e que essa vitória teve como golpe final a ressurreição, onde o último trunfo do diabo, a saber, a morte, também foi vencido. (Cl 2.15; 1 Co 15.20-26)
9 – Acreditamos que o cristão verdadeiro, uma vez liberto do império das trevas e trazido para o Reino do Filho do amor de Deus, conhecendo a verdade e liberto por ela, não necessita de sessões contínuas de libertação, pois isso seria uma afronta à Cruz de Cristo. (Cl 1.13; Jo 8.32,36)
10 – Cremos que o diabo existe, como ser espiritual, mas que está subjugado pelo poder da cruz de Cristo, onde ele, o diabo, foi vencido. Portanto, não há a necessidade de se "amarrar" todo o mal antes dos cultos, até porque o grande Vencedor se faz presente. (1 Co 15.57; Mt 18.20)
11 – Declaramos que nós, cristãos, estamos sujeitos à doenças, males físicos, problemas relativos à saúde, e que não há nenhuma obrigação da parte de Deus em curar-nos, e que isso de forma alguma altera o seu caráter de Pai amoroso e Deus fiel. (Jo 16.33; 1 Tm 5.23)
12 – Entendemos que a prosperidade financeira pode ser uma benção na vida de um cristão, mas que isso não é uma regra. Deus não tem nenhum compromisso de enriquecer e fazer prosperar um cristão. (Fp 4.10-12)
13 – Reconhecemos que somos peregrinos nesta terra. Não temos, portanto, ambições materiais de conquistar esta terra, pois "nossa pátria está nos céus, de onde aguardamos a vinda do nosso salvador, Jesus Cristo". (1 Pe 2.11)
14 – Nossas petições devem sempre sujeitar-se à vontade de Deus. "Determinar", "reivindicar", "ordenar" e outros verbos autoritários não encontram eco nas Escrituras Sagradas. (Lc 22.42)
15 – Afirmamos que a frase "Pare de sofrer", exposta em muitas igrejas, não reflete a verdade bíblica. Em toda a Palavra de Deus fica clara a idéia de que o cristão passa por sofrimentos, às vezes cruéis, mas ele nunca está sozinho em seu sofrer. (Rm 8.35-37)
16 – Reafirmamos que, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, sendo os mesmos livres de quaisquer maldições passadas, conhecidas ou não, pelo poder da cruz e do sangue de Cristo, que nos livra de todo o pecado e encerra em si mesmo toda a maldição que antes estava sobre nós. (Rm 8.1)
17 – Entendemos que a natureza criada participa das dores, angústias e conseqüências da queda do homem, e que aguarda com ardente expectativa a manifestação dos filhos de Deus. (Rm 8.19-23)
18 – Reconhecemos a suficiência e plenitude da graça de Cristo, não necessitando assim, de quaisquer sacrifícios ou barganhas para se alcançar a salvação e favores de Deus. (Ef 2.8-9)
19 – Reconhecemos também a suficiência da graça em TODOS os aspectos da vida cristã, dizendo com isso que não há nada que possamos fazer para "merecermos" a atenção de Deus. (Rm 3.23; 2 Co 12.9)
20 – Que nossos cultos sejam mais revestidos de elementos de nossa cultura. Que a brasilidade latente em nossas veias também sirva como elemento de adoração e liturgia ao nosso Deus. (1 Co 7.20)
21 – Que entendamos que vivemos num "país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza". Portanto, que não seja mais "obrigatório" aos pastores e líderes o uso de trajes mais adequados ao clima frio ou extremamente formais. Que celebremos nossa tropicalidade com graça e alegria diante de Deus e dos homens. (1 Co 9.19-23)
22 – Que nossa liturgia seja leve, alegre, espontânea, vibrante, como é o povo brasileiro. Que haja brilho nos olhos daqueles que se reúnem para adorar e ouvir da Palavra e que Deus se alegre de nosso modo brasileiro de cultuá-LO. (Salmo 100)
23 – Que as igrejas entendam que Deus pode ser adorado em qualquer ritmo, e que a igreja brasileira seja despertada para a riqueza dos vários sons e ritmos brasileiros e entenda que Deus pode ser louvado através de um baião, xote, milonga, frevo, samba, etc... (Sl 150)
24 – Que retornemos ao princípio bíblico, vivido pela igreja chamada primitiva, de que "ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum." (At 4.32)
25 – Que não condenemos nenhum irmão por ter caído em pecado, ou por seu passado. Antes, seguindo a Palavra, corrijamos a ovelha ferida com espírito de brandura, guardando-nos para que não sejamos também tentados. (Gl 6.1)
26 – Que ninguém seja culpado por duvidar de algo. Que haja espaço em nosso meio para dúvidas e questionamentos. Que ninguém seja recriminado por "falta de fé". Que haja maturidade para acolher o fraco e sabedoria para ensiná-lo na Palavra. A fé vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra de Deus. (Rm 14.1; Rm 10.17)
27 – Que a igreja reconheça que são as portas do inferno que não prevalecerão contra ela e não a igreja que tem que se defender do "exército inimigo". Que essa consciência nos leve à prática da fé e do amor, e que isso carregue consigo o avançar do Reino de Deus sobre a terra. (Mt 16.18)
28 – Cremos na plena ação do Espírito Santo, mas reconhecemos que em muitas situações e igrejas, há enganos em torno do ensino sobre dons e abusos em suas manifestações. (Hb 13.8; 1 Co 12.1)
29 – Que nossas estatísticas sejam mais realistas e não utilizadas para, mentindo, "disputarmos" quais são as maiores igrejas; o Reino é bem maior que essas futilidades. (Lc 22.24-26)
30 – Que os neófitos sejam tratados com carinho, ensinados no caminho, e não expostos aos púlpitos e à "fama" antes de estarem amadurecidos na fé, para que não se ensoberbeçam e caiam nas ciladas do diabo. (1 Tm 3.6)
31 – Que saibamos valorizar a nossa história, certos de que homens e mulheres deram suas vidas para que o Evangelho chegasse até nós. (Hb 12.1-2)
32 – Que sejamos conhecidos não por nossas roupas ou por nossos jargões lingüísticos, mas por nossa ética e amor para com todos os homens, refletindo assim, a luz de Cristo para todos os povos. (Mt 5.16)
33 – Que arda sempre em nosso peito o desejo de ver Cristo conhecido em todas as culturas, raças, tribos, línguas e nações. Que missões seja algo sempre inerente ao próprio ser do cristão, obedecendo assim à grande comissão que Jesus nos outorgou. (Mt 28.18-20)
34 – Reconhecemos que muitas igrejas chamam de pecado aquilo que a Bíblia nunca chamou de pecado. (Lc 11.46)
35 – A participação de cristãos e pastores em entidades e sociedades secretas é perniciosa e degradante para a simplicidade e pureza do evangelho. Não entendemos como líderes que dizem servir ao Deus vivo sujeitam-se à juramentos que vão de encontro à Palavra de Deus, colocando-se em comunhão espiritual com não cristãos declarando-se irmãos, aceitando outros deuses como verdadeiros. (Lv 5.4-6,10; Ef 5.11-12; 2 Co 6.14)
36 – Rejeitamos a idéia do messianismo político, que afirma que o Brasil só será transformado quando um "justo" (que na linguagem das igrejas significa um membro de igreja evangélica) dominar sobre esta terra. O papel de transformação da sociedade, pelos princípios cristãos, cabe à Igreja e não ao Estado. O Reino de Deus não é deste mundo, e lamentamos a manipulação e ambição de alguns líderes evangélicos pelo poder terreal. (Jo 18.36)
37 – Que os púlpitos não sejam transformados em palanques eleitorais em épocas de eleição. Que nenhum pastor induza o seu rebanho a votar neste ou naquele candidato por ser de sua preferência ou interesse pessoal. Que haja liberdade de pensamento e ideologia política entre o rebanho. (Gl 1.10)
38 – Que as igrejas recusem ajuda financeira ou estrutural de políticos em épocas de campanha política a fim de zelarem pela coerência e liberdade do Evangelho. (Ez 13.19)
39 – Que os membros das igrejas cobrem esta atitude honrada de seus líderes. Caso contrário, rejeitem a recomendação perniciosa de sua liderança. (Gl 2.11)
40 – Negamos, veementemente, no âmbito político, qualquer entidade que se diga porta-voz dos evangélicos. Nós, cristãos evangélicos, somos livres em nossas ideologias políticas, não tendo nenhuma obrigação com qualquer partido político ou organização que se passe por nossos representantes. (Mt 22.21)
41 – O versículo bíblico "Feliz a nação cujo Deus é o Senhor" não deve ser interpretado sob olhares políticos como "Feliz a nação cujo presidente é evangélico" e nem utilizado para favorecer candidatos que se arroguem como cristãos. (Sl 144.15)
42 – Repugnamos veementemente os chamados "showmícios" com artistas evangélicos. Entendemos ser uma afronta ao verdadeiro sentido do louvor a participação desses músicos entoando hinos de "louvor a Deus" para angariarem votos para seus candidatos. (Ex 20.7)
43 – Cremos que o Reino também se manifesta na Igreja, mas é maior que ela. Deus não está preso às paredes de uma religião. O Espírito de Deus tem total liberdade para se manifestar onde quiser, independente de nossas vontades. (At 7.48-49)
44 – Nenhum pastor, bispo ou apóstolo (ou qualquer denominação que se dê ao líder da igreja local) é inquestionável. Tudo deve ser conferido conforme as Escrituras. Nenhum homem possui a "patente" de Deus para as suas próprias palavras. Portanto, estamos livres para, com base nas Escrituras, questionarmos qualquer palavra que não esteja de acordo com as mesmas. (At 17.11)
45 – Ninguém deve ser julgado por sua roupa, maquiagem ou estilo. As opiniões pessoais de pastores e líderes quanto ao vestuário e estilo pessoal não devem ser tomadas como Palavras de Deus e são passíveis de questionamentos. Mas que essa liberdade pessoal seja exercida como servos de Cristo, com sabedoria e equilíbrio. (Rm 14.22)
46 – Que nenhum pastor, bispo ou apóstolo se utilize do versículo bíblico "não toqueis no meu ungido" para tornarem-se inquestionáveis e isentos de responsabilidade por aquilo que falam e fazem no comando de suas igrejas. (Ez 34.2; 1 Cr 16.22)
47 – Que ninguém seja ameaçado por seus líderes de "perder a salvação" por questionarem seus métodos, palavras e interpretações. Que essas pessoas descansem na graça de Deus, cientes de que, uma vez salvas pela graça estão guardadas sob a égide do sangue do cordeiro, de cujas mãos, conforme Ele mesmo nos afirma, nenhuma ovelha escapará. (Jo 10.28-29)
48 – Que estejamos cada vez mais certos de que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Que a febre de erguermos "palácios" para Deus dê lugar à simplicidade e humildade do bebê que nasce na manjedoura, e nem por isso, deixa de ser Rei do Universo. (At 7.48-50)
49 – Que nenhum movimento, modelo, ou "pacote" eclesiástico seja aceito como o ÚNICO vindo de Deus, e nem recebido com a "solução" para o crescimento da igreja. Cremos que é Deus quem dá o crescimento natural a uma igreja que se coloca sob Sua Palavra e autoridade. (At 2.47; 1 Co 3.6)
50 – Que nenhum grupo religioso julgue-se superior a outro pelo NÚMERO de pessoas que aderem ao seu "mover". Nem sempre crescimento numérico representa crescimento sadio. (Gl 6.3)
51 – Que a idolatria evangélica para com pastores, apóstolos, bispos, cantores, seja banida de nosso meio como um câncer é extirpado para haver cura do corpo. Que a existência de fã-clubes e a "tietagem" evangélica sejam vistos como uma afronta e como tentativa de se dividir a glória de Deus com outras pessoas. (Is 42.8; At 10.25-26)
52 – Reafirmamos que o véu que fazia separação entre o povo e o lugar santo, foi rasgado de alto a baixo quando da morte de Cristo. TODO cristão tem livre acesso a Deus pelo sangue de Cristo, não necessitando da mediação de quem quer que seja. (Hb 4.16; 2 Tm 2.15)
53 – Que os pastores, bispos e apóstolos arrependam-se de utilizarem-se de argumentos fúteis para justificarem suas vidas regaladas. Carro importado do ano, casa nova e prosperidade financeira não devem servir de parâmetros para saber se um ministério é ou não abençoado. Que todos nós aprendamos mais da simplicidade de Cristo. (Mt 8.20)
54 – Não reconhecemos a autoridade de bispos, apóstolos e líderes que profetizam a respeito de datas para a volta de Cristo. Ninguém tem autoridade para falar, em nome de Deus, sobre este assunto. (Mc 13.32)
55 – "O profeta que tiver um sonho, conte-o como sonho. Mas aquele a quem for dado a Palavra de Deus, que pregue a Palavra de Deus." Que sejamos sábios para não misturar as coisas. (Jr 23.28)
56 – Que o ministério pastoral seja reconhecidamente um dom, e não um título a ser perseguido. Que aqueles que exercem o ministério, sejam homens ou mulheres, o exerçam segundo suas forças, com todo o seu coração e entendimento, buscando sempre servir a Deus e aos homens, sendo realmente ministros de Deus. (1 Tm 3.1; Rm 12.7)
57 – Que os cânticos e hinos sejam mais centralizados na pessoa de Deus no que na primeira pessoa do singular (EU). (Jo 3.30)
58 – Que ninguém seja obrigado a levantar as mãos, fechar os olhos, dizer alguma coisa para o irmão do lado, pular, dançar... mas que haja liberdade no louvor tanto para fazer essas coisas como para não fazer. E que ninguém seja julgado por isso. (2 Co 3.17)
59 – Que as nossas crianças vivam como crianças e não sejam obrigadas a se tornarem como nós, adultos, violentando a sua infância e fazendo com que se tornem "estrelas" do evangelho ou mesmo "produtos" a serem utilizados por aduladores e pastores que visam, antes de tudo, lotarem seus templos com "atrações" curiosas, como "a menor pregadora do mundo", etc... (Lc 18.16; 1 Tm 3.6)
60 – Que as "Marchas para Jesus" sejam realmente para Jesus, e não para promover igrejas que estão sob suspeita e líderes questionáveis. Muito menos para promover políticos e aproveitadores desses mega-eventos evangélicos. (1 Co 10.31)
61 – Nenhuma igreja ou instituição se julgue detentora da salvação. Cristo está acima de toda religião e de toda instituição religiosa. O Espírito é livre e sopra onde quer. Até mesmo fora dos arraiais "cristãos". (At 4.12; Jo 3.8)
62 – Que as livrarias ditas "cristãs" sejam realmente cristãs e não ajudem a proliferar literaturas que deturpam a palavra de Deus e que valorizam mais a experiência de algumas pessoas do que o verdadeiro ensino da Palavra. (Mq 3.11; Gl 1.8-9)
63 – Cremos que "declarações mágicas" como "O Brasil é do Senhor Jesus" e outras equivalentes não surtem efeito algum nas regiões celestiais e servem como fator alienante e fuga das responsabilidades sociais e evangelísticas realmente eficazes na propagação do Evangelho. (Tg 2.15-16)
64 – Consideramos uma afronta ao Evangelho as novas unções como "unção dos 4 seres viventes", "unção do riso", etc... pois além de não possuírem NENHUM respaldo bíblico ainda expõem as pessoas a situações degradantes e constrangedoras. (2 Tm 4.1-4)
65 – Cremos, firmemente, que todo cristão genuíno, nascido de novo, já possui a unção que vem de Deus, não necessitando de "novas unções". (1 Jo 2.20,27)
66 – Lamentamos a transformação do culto público a Deus em momentos de puro entretenimento "gospel", com a presença de animadores de auditório e pastores que, vazios da Palavra, enchem o povo de bobagens e frases de efeito que nada tem a ver com a simplicidade e profundidade do Evangelho de Cristo. (Rm 12.1-2)
67 – É necessário uma leitura equilibrada do livro de Cantares de Salomão. A poesia, muitas vezes erótica e sensual do livro tem sido de forma abusiva e descontextualizada atribuída a Cristo e à igreja. (Ct 1.1)
68 – Não consideramos qualquer instrumento, seja de que origem for, mais santo que outros. Instrumentos judaicos, como o shophar, não têm poderes sobrenaturais e nem são os instrumentos "preferidos" de Deus. Muitas igrejas têm feito do shophar "O" instrumento, dizendo que é ordem de Deus que se toque o shophar para convocar o povo à guerra. Repugnamos essa idéia e reafirmamos a soberania de Deus sobre todos os instrumentos musicais. (Sl 150)
69 – Rejeitamos a idéia de que Deus tem levantado o Brasil como o novo "Israel" para abençoar todos os povos. Essa idéia surge de mentes centralizadoras e corações desejosos de serem o centro da voz de Deus na Terra. O SENHOR reina sobre toda a Terra e ama a todos os povos com Seu grande amor incondicional. (Jo 3.16)
70 – Lamentamos o estímulo e o uso de "amuletos" cristãos como "água do rio Jordão", "areia de Israel" e outros que transformam a fé cristã numa fé animista e necessitada de "catalisadores" do poder de Deus. (Hb 11.1)
71 – Que o profeta que "profetizar" algo e isso não se cumprir, seja reconhecido como falso profeta, segundo as Escrituras. (Ez 13.9; Dt 18.22)
72 – Rejeitamos as músicas que consistem de repetições infindáveis, a fim de levar o povo ao êxtase induzido, fragilizando a mente de receber a Palavra e prestar a Deus culto racional, conforme as Escrituras. (Rm 12.1-2; 1 Co 14.15)
73 – Deixemos de lado a busca desenfreada de títulos e funções do Antigo Testamento, como levitas, gaditas, etc... Tudo se fez novo em Cristo Jesus, onde TODOS nós fomos feitos geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido. (1 Pe 2.9)
74 – Que então os ministros e dirigentes de música sejam simplesmente ministros e dirigentes de música, exercendo talentos e dons que Deus livremente distribuiu em Sua igreja, não criando uma "classe superior" de "levitas", até porque os mesmos já não existem entre nós. (Rm 12.3-5)
75 – Que haja consciência sobre aquilo que se canta. Que sejamos fiéis à Palavra quando diz "cantarei com o meu espírito, mas também cantarei com meu entendimento". (1 Co 14.15)
76 – Não consideramos que "há poder em nossas palavras" como querem os adeptos dessa teologia da "confissão positiva". Deus não está sujeito ao que falamos e não serão nossas palavras capazes de trazer maldição ou benção sobre quem quer que seja, se essa não for, antes de tudo, a vontade expressa de Deus através de nossas bocas. (Gl 1.6-7)
77 – Rejeitamos a onda de "atos proféticos" que, sem base e autoridade nas Escrituras, confundem e desvirtuam o sentido da Palavra, ainda comprometendo seriamente a sanidade e a coerência das pessoas envolvidas. (Mt 7.22-23)
78 - Apresentar uma noiva pura e gloriosa, adequadamente vestida para o seu noivo, não consiste em "restaurar a adoração" ou apresentar a Deus uma falsa santidade, mas em fazer as obras que Jesus fez — cuidar dos enfermos e quebrantados de coração, pregar o evangelho aos humildes, e viver a cada respirar a vontade de Deus revelada na Sua palavra — deixando para trás o pecado, deixando para trás o velho homem, e nos revestindo no novo (Tg 1.27)
79 – Discordamos dos "restauradores das coisas perdidas" por não perceberem a mão de Deus na história, sempre mantendo um remanescente fiel à Palavra e ao Testemunho. Dizer que Deus está "restaurando a adoração", "restaurando o ministério profético", etc... é desprezar o sangue dos mártires, o testemunho dos fiéis e a adoração prestada a Deus durante todos esses séculos. (Hb 12.1-2)
80 – Lamentamos a transformação da fé cristã em shows e mega-eventos que somos obrigados a assistir nas TVs, onde a figura humana e as ênfases nos "milagres" e produtos da fé sobrepujam as Escrituras e a pregação sadia da Palavra de Deus. (Jo 3.30)
81 – Deus não nos chamou para sermos "leões que rugem", mas fomos considerados como ovelhas levadas ao matadouro, por amor a Deus. Mas ainda assim, somos mais que vencedores por Aquele que nos amou. (Lc 10.3; Rm 8.36)
82 – Entendemos como abusivas as cobranças de "cachês" para "testemunhos". Que fique bem claro que aquilo que é recebido de graça, deve ser dado de graça, pois nos cabe a obrigação de pregar o evangelho. (Mt 10.8)
83 – Que movimentos como "dança profética", "louvor profético" e outros "moveres proféticos" sejam analisados sinceramente segundo as Escrituras e, por conseqüência, deixados de lado pelo povo que se chama pelo nome do Senhor. (2 Tm 4.3-4)
84 – Que a cruz de Cristo, e não o seu trono, sejam o centro de nossa pregação! (1 Co 2.2)
85 – Reafirmamos que, quaisquer que sejam as ofertas e dízimos, que sejam entregues por pura gratidão, e com alegria. Que nunca sejam dados por obrigação e nem entregues como troca de bênçãos para com Deus. Muito menos sejam dados como fruto do medo do castigo de Deus ou de seus líderes. Deus ama ao que dá com alegria! (2 Co 9.7)
86 – Que a igreja volte-se para os problemas sociais à sua volta, reconheça sua passividade e volte à prática das boas obras, não como fator para a salvação, mas como reflexo da graça que se manifesta de forma visível e encarnada. "Pois tive fome... e me destes de comer..." (Mt 25.31-46; Tg 2.14-18)
87 – Cremos, conforme a Palavra que há UM SÓ MEDIADOR entre Deus e os homens – Jesus Cristo. Nenhuma igreja local, ou seu líder, podem arrogar para si o direito de mediar a comunhão dos homens e Deus. (1 Tm 2.5)
88 – Lamentamos o comércio que em que se transformou a música evangélica brasileira. Infelizmente impera, por exemplo, a "máfia" das rádios evangélicas, que só tocam os artistas de suas respectivas gravadoras, alienam o nosso povo através da massificação dos "louvores" comerciais, e não dão espaço para tanta gente boa que há em nosso meio, com compromisso de qualidade musical e conteúdo poético, lingüístico e, principalmente, bíblico. (Mc 11.15-17)
89 – Que os pastores ajudem a diminuir a indústria de testemunhos e a "máfia" das gravadoras evangélicas. Que valorizem a simples pregação da Palavra ao invés do espetáculo "gospel" a fim de terem igrejas "lotadas" para ouvirem as "atrações" da fé. (1 Pe 5.2)
90 – Que sejamos livres para "examinarmos tudo e retermos o que é bom". (1 Ts 5.21)
91 – Somente as Escrituras. (Jo 14.21;17.17)
92 – Somente a Graça. (Ef 2.8-9)
93 – Somente a Fé. (Rm 1.17)
94 – Somente Cristo. (At 17.28)
95 – Glória somente a Deus (Jd 24-25)
3 frases de Eleonor Roosevelt
"Ninguém pode fazer você se sentir inferior sem o seu consentimento"
"Você precisa fazer aquilo que pensa que não é capaz de fazer".
“Uma geração constrói uma estrada por onde a próxima trafega”.
"Você precisa fazer aquilo que pensa que não é capaz de fazer".
“Uma geração constrói uma estrada por onde a próxima trafega”.
Velhos Ditados, Novos Tempos...
Como estamos na 'Era Digital', foi necessário rever os velhos ditados existentes e adaptá-los à nova realidade.
Veja alguns:
1. A pressa é inimiga da conexão.
2. Amigos, amigos, senhas à parte.
3. Antes só, do que em chats aborrecidos.
4. A arquivo dado não se olha o formato.
5. Diga-me que chat freqüentas e te direi quem és.
6. Para bom provedor uma senha basta.
7. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.
8. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.
9. Em terra off-line, quem tem um 486 é rei.
10. Hacker que ladra, não morde.
11. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.
12. Mouse sujo se limpa em casa.
13. Melhor prevenir do que formatar.
14. O barato sai caro. E lento.
15. Quando a esmola é demais, o santo desconfia que tem vírus anexado.
16. Quando um não quer, dois não teclam.
17. Quem ama um 486, Pentium 5 lhe parece.
18. Quem clica seus males multiplica.
19. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.
20. Quem envia o que quer, recebe o que não quer.
21. Quem não tem banda larga, caça com modem. 22. Quem nunca errou,
que aperte a primeira tecla.
23. Quem semeia e-mails, colhe spams.
24. Quem tem dedo vai a Roma.com
25. Um é pouco, dois é bom, três é chat ou lista virtual.
26. Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.
27. Diga-me que computador tens e direi quem és.
28. Há dois tipos de pessoas na informática. Os que perderam o HD e os que ainda vão perder.
29. Uma impressora disse para outra: Essa folha é sua ou é mpressão minha?
30. Aluno de informática não cola, faz backup.
31. O problema do computador é o USB (Usuário Super Burro).
32. Na informática nada se perde, nada se cria. Tudo se copia... E depois se cola.
Veja alguns:
1. A pressa é inimiga da conexão.
2. Amigos, amigos, senhas à parte.
3. Antes só, do que em chats aborrecidos.
4. A arquivo dado não se olha o formato.
5. Diga-me que chat freqüentas e te direi quem és.
6. Para bom provedor uma senha basta.
7. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.
8. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.
9. Em terra off-line, quem tem um 486 é rei.
10. Hacker que ladra, não morde.
11. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.
12. Mouse sujo se limpa em casa.
13. Melhor prevenir do que formatar.
14. O barato sai caro. E lento.
15. Quando a esmola é demais, o santo desconfia que tem vírus anexado.
16. Quando um não quer, dois não teclam.
17. Quem ama um 486, Pentium 5 lhe parece.
18. Quem clica seus males multiplica.
19. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.
20. Quem envia o que quer, recebe o que não quer.
21. Quem não tem banda larga, caça com modem. 22. Quem nunca errou,
que aperte a primeira tecla.
23. Quem semeia e-mails, colhe spams.
24. Quem tem dedo vai a Roma.com
25. Um é pouco, dois é bom, três é chat ou lista virtual.
26. Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.
27. Diga-me que computador tens e direi quem és.
28. Há dois tipos de pessoas na informática. Os que perderam o HD e os que ainda vão perder.
29. Uma impressora disse para outra: Essa folha é sua ou é mpressão minha?
30. Aluno de informática não cola, faz backup.
31. O problema do computador é o USB (Usuário Super Burro).
32. Na informática nada se perde, nada se cria. Tudo se copia... E depois se cola.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Palavras do peão de boiadeiro Zeca no último capítulo da novela Paraíso, de Benedito Ruy Barbosa
"Eu imagino Deus como a fonte de toda a energia que criou e mantém o equilíbrio
do universo.
Vejo Deus na flor e na abelha que lhe suga o néctar para produzir o mel;
e no pássaro que devora a abelha; e no homem que devora o pássaro...e no verme que devora o homem.
Eu vejo Deus em cada estrela no céu,nas minhas noites nas pousadas, e nos olhos
tristes de cada boi, ruminando na envernada...
Só não consigo ver Deus no homem que devora o homem, e por isso acho que ainda tenho muito o que aprender nesses caminhos da vida..."
(Extraído do áudio do capítulo 194 da novela Paraíso, de Benedito Ruy Barbosa, na TV Globo)
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Os Doze Passos de Deus (Philip Yancey)
(texto extraído das páginas 51 a 55 do seu livro “Igreja, por que me importar?)
Certa vez visitei uma "igreja" que consegue, sem sede denominacional ou equipe paga, atrair milhões de membros dedicados toda semana. Tem o nome de Alcoólicos Anônimos. Fui participar de uma reunião a convite de um amigo que acabara de confessar seu problema de alcoolismo para mim. "Venha comigo", disse ele. "Acho que você terá uma idéia de como era a Igreja Primitiva".
À meia-noite de uma segunda-feira entrei numa casa um tanto mal cuidada que já tinha sido usada para seis outras reuniões naquele dia. Fumaça de cigarro pairava no ar como nuvens de gás lacrimogêneo, fazendo meus olhos arderem. Não demorou, contudo, para eu entender por que meu amigo tinha feito a comparação com a Igreja Primitiva.
Um político bem conhecido e vários milionários de destaque misturavam-se livremente com desempregados que desistiram de estudar e jovens com marcas de agulhas nos braços. As apresentações eram mais ou menos assim: "Oi, meu nome é João e sou alcoólatra e viciado em drogas". Imediatamente todos diziam em voz alta e calorosa, "Oi, João!"
A "hora de compartilhar" funcionava como as definições que há nos livros sobre grupos pequenos, marcado por escuta compassiva, respostas calorosas, e muitos abraços. Cada pessoa que lá estava dava um relatório pessoal de seu progresso na luta contra o vício. Rimos muito, choramos muito. Acima de tudo, os membros pareciam gostar de estar juntos de gente que via a pessoa autêntica por trás das fachadas. Não havia razão para não ser honesto: todo mundo estava no mesmo barco.
Os Alcoólicos Anônimos (AA) não possuem propriedade, não têm sede, nem centro de comunicações, nenhuma equipe paga e nada de consultores de investimentos que viajem pelo país em seus jatinhos. Os fundadores dos AA fizeram salvaguardas que matariam qualquer coisa que levasse à burocracia, porque criam que o programa só daria certo se permanecesse no nível mais básico e íntimo: um alcoólatra que dedique sua vida a ajudar a outro. No entanto a dinâmica dos AA provou ser tão eficiente que existem 250 outros diferentes tipos de grupos de auto-ajuda de “doze passos”, desde Chocolatólatras Anônimos até grupos de pacientes de câncer, surgidos de imitação declarada das técnicas dos grupos de AA.
Os muitos paralelos que se pode traçar à Igreja Primitiva não são acidentes históricos. Os fundadores dos AA eram cristãos que insistiam que a dependência de Deus fosse parte essencial do programa. Na noite em que assisti a reunião, todo mundo na sala repetiu em voz alta os doze passos, que assume total dependência de Deus para obtenção de perdão e força. (Os membros agnósticos podem empregar o eufemismo "Poder Superior", mas depois de um tempo isso parece sem graça e impessoal e eles geralmente voltam a dizer "Deus").
Meu amigo admite livremente que para ele o movimento Alcoólicos Anônimos substituiu a igreja, e este fato por vezes o deixa desconcertado. "Os grupos de alcoólicos anônimos emprestam a sociologia da igreja, juntamente com alguns de seus conceitos e palavras, mas não possuem uma doutrina que os sustente," ele diz. "Sinto falta disso, mas estou tentando sobreviver, e os AA me ajudam muito mais nessa luta do que qualquer igreja local". Outros no grupo explicam sua resistência eclesiástica contando histórias de rejeição e julgamento. Uma igreja local é o último lugar em que teriam coragem de ficar em pé e declarar "Olá, meu nome é João. Sou alcoólatra e viciado em drogas".
Para esse amigo, a imersão nos Alcoólatras Anônimos significou salvação no sentido mais literal. Ele sabe que uma escorregada pode - na verdade o fará - mandá-lo para uma sepultura prematura. Mais de uma vez seu parceiro nos AA atendeu seu telefonema às quatro da madrugada e o encontrou cabisbaixo, sob a luz estranha de um desses restaurantes que abrem a noite toda, e ficou ali, com ele, acompanhando seu esforço por escrever num caderno - como um aluno que estivesse de castigo - a frase: "Deus me ajude a vencer os próximos cinco minutos”.
Saí daquela "igreja da meia-noite" fortemente impressionado, mas também preocupado porque os Alcoólicos Anônimos estão suprindo uma necessidade que a igreja não está suprindo - ao menos, não, para esse meu amigo. Pedi que ele me dissesse a única qualidade que estava faltando na igreja local e que o grupo AA lhe oferecera. Ele fitou sua xícara de café por longo tempo, vendo-o esfriar. Eu esperava ouvir uma palavra como "amor" ou "aceitação" ou, conhecendo bem os valores desse amigo, quem sabe, "anti-institucionalismo". Em vez disso ele disse baixinho uma única palavra: “dependência”.
"Ninguém consegue vencer por conta própria - não foi por isso que Jesus veio?" - ele explicou. "No entanto a maioria das pessoas da igreja dá um ar de piedade ou superioridade auto-satisfeita. Não sinto que conscientemente dependam de Deus ou uns dos outros. Suas vidas parecem estar todas certinhas. Quando um alcoólatra vai à igreja ele se sente inferior e incompleto". Continuou sentado em silêncio por um tempo até que um sorriso começasse a marcar seu rosto. "Engraçado", disse finalmente, "O que eu mais odeio em mim, meu alcoolismo, foi a única coisa que Deus usou para trazer-me de volta a Si. Por causa disso, sei que não sobrevivo sem Deus. Tenho de depender d'Ele para viver cada dia, e todos os dias. Talvez seja esse o valor redentivo do alcoolismo. Talvez Deus esteja chamando a nós os alcoólatras para ensinar aos santos o que significa depender de Deus e de sua comunidade sobre a terra".
A igreja da meia-noite de meu amigo ensinou-me a necessidade de humildade, honestidade total e dependência radical - dependência de Deus e de uma comunidade de amigos compassivos. Ao pensar nisso, pareceu-me que essas qualidades eram exatamente as que Jesus tinha em mente quando fundou Sua Igreja.
De acordo com o historiador Ernest Kurtz, os Alcoólicos Anônimos surgiram de uma descoberta feita por Bill Wilson em seu primeiro encontro com o Doutor Bob Smith. Por conta própria, Bill tinha conseguido manter-se sóbrio por seis meses, até que viajou para outra cidade e um negócio não deu certo. Deprimido, andando pelo saguão de um hotel, ouviu os sons conhecidos de risadas e gelo tilintando nos copos. Dirigiu-se ao bar, pensando "Preciso de um trago".
De repente veio-lhe um novo pensamento que o fez parar: "Não, não preciso de um trago - preciso de outro alcoólatra!" Foi até os telefones do saguão e começou a seqüência de telefonemas que o colocaram em contato com o Dr. Smith que viria a ser o co-fundador de Alcoólicos Anônimos.
A igreja é o lugar onde posso dizer, sem vergonha alguma: "Não preciso pecar. Preciso de outro pecador". Quem sabe, juntos, possamos nos ajudar a prestar contas um ao outro e nos manter no caminho certo"!
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Momento Novo (Darlene Schutzer, Déa Cristiane Kerr Affini, Eder Soares, Ernesto Barros Cardoso, Paulo Roberto Garcia e Tércio Junker)
Deus chama a gente pra um momento novo
De caminhar junto com seu povo.
É hora de transformar o que não dá mais
Sozinho, isolado, ninguém é capaz.
Não é possível crer que tudo é fácil
Há muita força que produz a morte
Gerando dor, tristeza e desolação
É necessário unir o cordão.
A força que hoje faz brotar a vida
Atua em nós pela sua graça
É Deus quem nos convida a trabalhar
O amor repartir e as forças juntar.
Por isso vem, entra na roda com a gente também
Você é muito importante, vem
NEW MOMENT
God calls us now for a new moment
To walk with Him and also with His people
The time has come to transform the things that must change.
We are not able to do it alone.
We can’t believe that everything is easy
There are many forces that cause sin and death
That bring us sadness, and wars, and even despair
It’s necessary to join hand in hand.
The spirit that maker our lives to flourish
Works in us only by His strength and grace
God calls everyone to come and to work
To share together our love and concern.
So therefore, come
Join in the circle with us – also
You are so very important, come!
Mensagem ao Apóstolo Paulo (Josilia Rodrigues)
Amado apóstolo Paulo,
Estou escrevendo para colocá-lo a par da situação do Evangelho que um dia você ajudou a propagar para nós gentios, e que lhe custou a própria vida. As coisas estão muito difíceis por aqui. Quase tudo o que você escreveu foi esquecido ou deturpado.
Você foi bastante claro ao despedir-se dos irmãos em Éfeso, alertando que depois de sua partida lobos vorazes penetrariam em meio à igreja, e não poupariam o rebanho . Palavras de fato inspiradas, pois isso se concretiza a cada dia.
Lembra-se que você escreveu ao jovem Timóteo, que o amor ao dinheiro era a "raiz de todos os males"? Quero que saiba que suas palavras foram invertidas, e agora se prega que o dinheiro é a "solução" de todos os males.
Também é com tristeza que lhe digo que em nossa época ninguém mais quer ser chamado de pastor, missionário ou evangelista, pois isso é por demais humilde: um bom número almeja levar o título de apóstolo. Sei que em seu tempo, os apóstolos eram "fracos... desprezíveis... espetáculo para os homens... loucos... sem morada certa... injuriados... lixo e escória" . Agora é bem diferente. Trata-se de uma
honraria muito grande: acercam-se de serviçais que lhes admiram, quando viajam exigem as melhores hospedarias e são recebidos nos palácios dos governantes.
Eles não costumam pregar seus textos, pois você fala muito da "Graça" e da "liberdade que temos em Cristo" . Isso não soa bem hoje, pois a Igreja voltou à "teologia da retribuição" da Antiga Aliança (só recebe quem merece), e liberdade é a última coisa que os pastores querem pregar à suas ovelhas.
Você não é bem visto por aqui, pois sempre foi muito humano, sem jamais esconder suas fraquezas: chegou até reconhecer contradições internas e que não faz o bem que prefere, mas o mal, esse faz . Eles não gostam disso, pois sempre se apresentam inabaláveis e sem espinhos na carne como você. A presença deles é forte, a sua fraca , eles são saudáveis, você sofria de alguma coisa nos olhos, eles jamais
recomendariam a um irmão tomar remédio, como você fez com Timóteo, mas aqui eles oram e determinam a cura – coisa que você nunca fez.
Você dizia que por amor a Cristo perdeu "todas as cousas" considerando-as refugo. As coisas mudaram, irmão. Agora cantamos: "Restitui, quero de volta o que é meu!".
Vivo em uma cidade que recebeu o seu nome, e aqui há um apóstolo que após as pregações distribui lencinhos vermelhos encharcados de suor, e as pessoas levam pra casa, como fizeram em Éfeso, imaginando que afastarão enfermidades . Sim, eu sei que você nunca ordenou isso, nem colocou como doutrina para a igreja nas epístolas, mas sabe como é o povo....
Admiro sua coragem por ter expulsado um "espírito adivinhador" daquela jovem, embora isso tenha lhe custado a prisão e açoites. Você não se deixou enganar só porque ela acertava o prognóstico. Hoje há uma profusão de pitonisas e prognosticadores no meio do povo de Deus, todavia esses espíritos não são mais expulsos, ao contrário, nos
reunimos ansiosos para ouvir o que eles têm a dizer para nós. Gostaria de ter conhecido os irmãos bereanos que você elogiou. Infelizmente, quase não existem mais igrejas como as de Beréia, que recebam a palavra com avidez e examinem as Escrituras "todos os dias para ver se as coisas são de fato assim".
Tem hora que a gente desanima e se sente fragilizado como Timóteo, o seu companheiro de lutas. Mas que coisa bonita foi quando você o reanimou insistindo para que reavivasse "o dom de Deus" que havia nele . Estou lhe confessando isso, pois atualmente 90% dos pregadores oferecem uma "nova unção" para quem fraqueja. Amo esta sua exortação, pois você ensina que dentro de nós já existe o poder do Espírito, e
não precisamos buscar nada fora ou nada novo!
Nossos cultos não são mais como em sua época, onde a igreja se reunia na casa de um irmão, havia comunhão, orações, e a palavra explanada era o prato principal.... as coisas mudaram: culto agora é chamado de "show", a fumaça não é mais da nuvem gloriosa da presença de Deus, mas do gelo seco, e a palavra é só para ensinar como conseguir mais coisas do céu.
O Espírito lhe revelou que nos últimos tempos alguns apostatariam da fé "por obedecerem a espíritos enganadores" . Essa profecia já está se cumprindo cabalmente, e creio que de forma irreversível.
Amado apóstolo Paulo, sinto ter lhe incomodado em seu merecido descanso eternal, mas eu precisava desabafar. Um dia estaremos todos juntos reunidos com a verdadeira Igreja de Cristo.
As ovelhas do rebanho reconhecem a voz do seu pastor
Um viajante que percorreu a Síria observou três pastores de ovelhas que justamente estavam dando de beber a seus rebanhos junto a um poço. Os três rebanhos estavam todos misturados; um estranho poderia pensar que se tratava de um rebanho só.
Logo se levantou da beira do poço um dos três pastores e chamou: “men-ah! Men-ah!” (venham comigo em árabe). Imediatamente umas 30 ovelhas se separa do grupo todo e seguiram a seu proprietário morro acima. Também o segundo pastor afastou-se um pouco e exclamou seu “men-ah! men-ah!” e seguiu com seu rebanho.
Admirado, o estrangeiro perguntou ao pastor que tinha ficado:
- suas ovelhas me seguiriam se eu as chamasse?
- Por que você não experimenta? – respondeu ele.
- Nem mesmo se eu usasse sua capa e seu cajado?
Sem nada dizer, o sírio ofereceu a seu visitante sua capa, seu cajado e o turbante, e ficou observando, com um sorriso nos lábios, como o estranho chamava seu “men-ah! men-ah!”.
As ovelhas chegaram a apontar as orelhas, algumas até olharam para ele desconfiadas, mas não se moveram do lugar.
- Elas jamais seguiriam qualquer outro? Só a você? – perguntou o estrangeiro.
- Jamais seguiriam outro. Somente a ovelha doente segue a um estranho – respondeu o pastor.
(Extraído do guia devocionário Castelo Forte, 2 de outubro de 1994.)
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Autor da minha fé (Paulo Cezar)
Oh Pai, eu queria tanto ver o meu Senhor descer vindo me encontrar;
Eu posso até imaginar a refulgente glória, do senhor Jesus.
Transpondo as brancas nuvens, no mais puro azul,
Onde nem sul, nem norte existirá.
E em meio a lágrimas, sorrisos de alegria e de prazer
Eu que era cego, agora posso ver, contemplar, contemplar enfim...
Por isso eu canto glória.
Coro
Glória, glória, ao autor da minha fé
Glória, glória, ao autor da minha fé
Oh Pai, eu queria tanto, tanto ouvir o som que vai abrir,
O encontro triunfal.
Rever amigos que, um dia em Cristo foram, feitos meus irmãos.
E agora sim, podemos dar as mãos, pois temos todos um,
Somente um, um só Senhor.
E eis o consolo que envolve a minha vida, o meu senhor Jesus
Que foi morto sim, naquela cruz,
Voltará, voltará enfim...
Por isso eu canto glória.
Coro
Glória, glória, ao autor da minha fé
Glória, glória, ao autor da minha fé
Glória ao Senhor (Aleluia)
Glória ao Senhor (Aleluia)
Glória ao Senhor (Aleluia)
Autor da minha fé (Aleluia)
Glória ao Senhor...
Eu posso até imaginar a refulgente glória, do senhor Jesus.
Transpondo as brancas nuvens, no mais puro azul,
Onde nem sul, nem norte existirá.
E em meio a lágrimas, sorrisos de alegria e de prazer
Eu que era cego, agora posso ver, contemplar, contemplar enfim...
Por isso eu canto glória.
Coro
Glória, glória, ao autor da minha fé
Glória, glória, ao autor da minha fé
Oh Pai, eu queria tanto, tanto ouvir o som que vai abrir,
O encontro triunfal.
Rever amigos que, um dia em Cristo foram, feitos meus irmãos.
E agora sim, podemos dar as mãos, pois temos todos um,
Somente um, um só Senhor.
E eis o consolo que envolve a minha vida, o meu senhor Jesus
Que foi morto sim, naquela cruz,
Voltará, voltará enfim...
Por isso eu canto glória.
Coro
Glória, glória, ao autor da minha fé
Glória, glória, ao autor da minha fé
Glória ao Senhor (Aleluia)
Glória ao Senhor (Aleluia)
Glória ao Senhor (Aleluia)
Autor da minha fé (Aleluia)
Glória ao Senhor...
A Mão do Mestre (Cristina Mel)
No olhar de um irmão
Vejo a mão do Mestre
No viver, no morrer
Vejo a mão do Mestre
Na poesia, na canção
No pulsar do coração
Vejo a mão de Deus
Sinto a mão de Deus
Na emoção que estou sentindo
Eu vejo a mão de Deus
Em saber que estão me ouvindo
Eu vejo a mão de Deus,
Vejo a mão de Deus
O sol nasceu, o sol se pôs
Fica a mão do Mestre
O ano vem, o ano vai
Fica a mão do Mestre
Sobre nós a proteger
Sobre todos posso ver
Vejo a mão do Mestre
No viver, no morrer
Vejo a mão do Mestre
Na poesia, na canção
No pulsar do coração
Vejo a mão de Deus
Sinto a mão de Deus
Na emoção que estou sentindo
Eu vejo a mão de Deus
Em saber que estão me ouvindo
Eu vejo a mão de Deus,
Vejo a mão de Deus
O sol nasceu, o sol se pôs
Fica a mão do Mestre
O ano vem, o ano vai
Fica a mão do Mestre
Sobre nós a proteger
Sobre todos posso ver
Vou seguir (Cassiane)
Se você já pensou em desistir tenha fé, e não pare de sorrir
Você vai ver que o inimigo não vai entender
Que o crente até mesmo chorando ele canta porque
Se chorar, chora nos pés do Senhor,
Tem Jesus como o teu consolador
Teu sofrer, uma noite até pode durar
Mas o crente sabe que a vitória vem pela manhã
Então cante assim:
Vou seguir, os passos de Jesus
Vou levar, comigo a minha cruz
Se espinhos ferem os meus pés
Eu vou descansar nos braços de Jesus
Quando o crente está firme nos pés do Senhor
Ele passa pela prova cantando louvor,
O inimigo se levanta mais tem que cair
O crente não deixa a cruz mas leva até o fim
Se cair mil do seu lado ele não cede não,
Está sempre protegido por um batalhão
Deus dá ordens aos seus anjos para proteger
Bem guardado desse jeito desistir porque?
Você vai ver que o inimigo não vai entender
Que o crente até mesmo chorando ele canta porque
Se chorar, chora nos pés do Senhor,
Tem Jesus como o teu consolador
Teu sofrer, uma noite até pode durar
Mas o crente sabe que a vitória vem pela manhã
Então cante assim:
Vou seguir, os passos de Jesus
Vou levar, comigo a minha cruz
Se espinhos ferem os meus pés
Eu vou descansar nos braços de Jesus
Quando o crente está firme nos pés do Senhor
Ele passa pela prova cantando louvor,
O inimigo se levanta mais tem que cair
O crente não deixa a cruz mas leva até o fim
Se cair mil do seu lado ele não cede não,
Está sempre protegido por um batalhão
Deus dá ordens aos seus anjos para proteger
Bem guardado desse jeito desistir porque?
Aos Pés Da Cruz (Kleber Lucas)
Meu Jesus maravilhoso és
Minha inspiração a prosseguir
E mesmo quando tudo não vai bem
Eu continuo olhando para Ti
Pois sei que Tu tens o melhor pra mim
Há um segredo no Teu coração
Oh! Dái-me forças pra continuar
Marcando a promessa em oração
Firme, oh! Deus está ao meu coração
Firme nas promessas do Senhor
Eu continuo olhando para Ti
E assim eu sei que posso prosseguir
E mesmo quando eu chorar
As minhas lágrimas serão
Para regar a minha fé
E consolar meu coração
Pois o que chora aos pés da cruz
Clamando em nome de Jesus
Alcançará de Ti Senhor
Misericórdia, Graça e luz
Teu grande amor não cessa
Eterno não tem fim
Quão grande És Tu Senhor,
Quão grande És pra mim
Tua graça é o meu refúgio
Descanso no Teu poder
Maravilhoso És,
Maravilhoso És pra mim.
Firme, oh! Deus está meu coração
Firme nas promessas do Senhor
Eu continuo olhando para Ti
E assim eu sei que posso prosseguir
Minha inspiração a prosseguir
E mesmo quando tudo não vai bem
Eu continuo olhando para Ti
Pois sei que Tu tens o melhor pra mim
Há um segredo no Teu coração
Oh! Dái-me forças pra continuar
Marcando a promessa em oração
Firme, oh! Deus está ao meu coração
Firme nas promessas do Senhor
Eu continuo olhando para Ti
E assim eu sei que posso prosseguir
E mesmo quando eu chorar
As minhas lágrimas serão
Para regar a minha fé
E consolar meu coração
Pois o que chora aos pés da cruz
Clamando em nome de Jesus
Alcançará de Ti Senhor
Misericórdia, Graça e luz
Teu grande amor não cessa
Eterno não tem fim
Quão grande És Tu Senhor,
Quão grande És pra mim
Tua graça é o meu refúgio
Descanso no Teu poder
Maravilhoso És,
Maravilhoso És pra mim.
Firme, oh! Deus está meu coração
Firme nas promessas do Senhor
Eu continuo olhando para Ti
E assim eu sei que posso prosseguir
Paciência (Lenine)
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
A vida não pára!...
A vida é tão rara!...
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Saber ouvir
O mestre disse: “tudo é Deus”.
Quando o discípulo ouviu isso, compreendeu: Deus é a única realidade, preenche tudo.
Saiu da aula eufórico.
Neste momento, viu um elefante correndo, pela rua, enquanto o seu condutor gritava: “saiam da frente! O animal disparou!”
O discípulo pensou: “por que devo fugir? Eu sou Deus, o elefante também. Ele não me fará mal!”. E não se mexeu.
Segundos depois, foi atropelado e quase morria.
Seu mestre veio socorrê-lo, e o discípulo afastou-o: “achei que tudo era Deus!”
“Sim”, disse o mestre. “O elefante, você, mas também o condutor. Por que você não escutou Deus falando para sair da frente?”
Quando o discípulo ouviu isso, compreendeu: Deus é a única realidade, preenche tudo.
Saiu da aula eufórico.
Neste momento, viu um elefante correndo, pela rua, enquanto o seu condutor gritava: “saiam da frente! O animal disparou!”
O discípulo pensou: “por que devo fugir? Eu sou Deus, o elefante também. Ele não me fará mal!”. E não se mexeu.
Segundos depois, foi atropelado e quase morria.
Seu mestre veio socorrê-lo, e o discípulo afastou-o: “achei que tudo era Deus!”
“Sim”, disse o mestre. “O elefante, você, mas também o condutor. Por que você não escutou Deus falando para sair da frente?”
domingo, 2 de novembro de 2008
O nascer para o além (Padre Juca)
Há quem morra todos os dias.
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro.
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.
Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus.
Triste é ver gente morrendo por antecipação...
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.
E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós,
o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los.
De retroceder no tempo e segurar a vida.
Ausência: - porque não há formas para se tocar.
Presença: - porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez.
Esse céu azul e misterioso.
Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos.
Sentimos, quando mergulhados em oração,
o ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir.
Essa vontade de rever novamente aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...
E...
Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir.
Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!
______________________________________________________________
Texto: Padre Juca
Adaptação: Sandra Zilio
sábado, 1 de novembro de 2008
Crer e não duvidar (Paulo Roberto Barbosa)
“... e tudo o que pedirdes na oração, recebereis.”(Mt 21.22)
Uma taberna começou a ser construída em uma pequena cidade, onde, até então, não havia estabelecimentos semelhantes.
Um grupo de cristãos de uma igreja próxima, descontente com aquela construção, reuniu-se à noite, pedindo a Deus que fizesse alguma coisa para impedir que aquele estabelecimento fosse edificado naquele local.
Naquela mesma noite, houve uma grande tempestade e um raio caiu exatamente sobre a taberna inacabada, reduzindo-a a cinzas.
O taberneiro entrou com um processo contra a igreja, afirmando que os cristãos eram responsáveis pelo incêndio que destruiu sua casa comercial.
A igreja contratou um advogado, dizendo que não tinha nenhuma responsabilidade pelo que havia acontecido.
O juiz comentou o fato: “Não importa como terminará o julgamento; uma coisa é clara: O dono da taberna acredita em oração e os cristãos da igreja não!”
É conhecida a ilustração da menina que foi com sua mãe a uma reunião de oração, para pedir ao Senhor que mandasse chuvas para a cidade castigada pela seca. O céu estava limpo e nenhuma nuvem indicava que o tempo fosse mudar.
Ao saírem de casa, a menina pegou seu guarda-chuva e, ao ser perguntada pela mãe por que estava levando o guarda-chuva, disse: “Nós não vamos pedir a Deus para fazer chover? E se não der tempo de chegarmos a casa?”
_______________________________________________________
(Escrito por Paulo Roberto Barbosa; adaptado por Filipe P. de Mesquita)
Os cinco estágios da carreira (Max Gehringer)
Existem cinco estágios em uma carreira.
O primeiro estágio é aquele em que um funcionário precisa usar crachá, porque quase ninguém na empresa sabe o nome dele.
No segundo estágio, o funcionário começa a ficar conhecido dentro da empresa e seu sobrenome passa a ser o nome do departamento em que trabalha. Por exemplo, Heitor de Contas à pagar.
No terceiro estágio, o funcionário passa a ser conhecido fora da empresa e o nome da empresa se transforma em sobrenome. Heitor do Banco tal.
No quarto estágio, é acrescentado um título hierárquico ao nome dele: Heitor, diretor do banco tal.
Finalmente, no quinto estágio, vem a distinção definitiva. Pessoas que mal conhecem o Heitor passam a se referir a ele como 'o meu amigo Heitor, diretor do banco tal'. Esse é o momento em que uma pessoa se torna, mesmo contra sua vontade, um amigo profissional'.
Existem algumas diferenças entre um amigo que é amigo e um amigo profissional. Amigos que são amigos trocam sentimentos. Amigos profissionais trocam cartões de visita.
Uma amizade dura para sempre. Uma amizade profissional é uma relação de curto prazo e dura apenas enquanto um estiver sendo útil ao outro.
Amigos de verdade perguntam se podem ajudar. Amigos profissionais solicitam favores. Amigos de verdade estão no coração.. Amigos profissionais estão em uma planilha.
É bom ter uma penca de amigos profissionais. É isso que, hoje, chamamos networking, um círculo de relacionamentos puramente profissional. Mas é bom não confundir uma coisa com a outra.
*Amigos profissionais são necessários. Amigos de verdade, indispensáveis.*
Algum dia, e esse dia chega rápido, os únicos amigos com quem poderemos contar serão aqueles poucos que fizemos quando amizade era coisa de amadores.
O primeiro estágio é aquele em que um funcionário precisa usar crachá, porque quase ninguém na empresa sabe o nome dele.
No segundo estágio, o funcionário começa a ficar conhecido dentro da empresa e seu sobrenome passa a ser o nome do departamento em que trabalha. Por exemplo, Heitor de Contas à pagar.
No terceiro estágio, o funcionário passa a ser conhecido fora da empresa e o nome da empresa se transforma em sobrenome. Heitor do Banco tal.
No quarto estágio, é acrescentado um título hierárquico ao nome dele: Heitor, diretor do banco tal.
Finalmente, no quinto estágio, vem a distinção definitiva. Pessoas que mal conhecem o Heitor passam a se referir a ele como 'o meu amigo Heitor, diretor do banco tal'. Esse é o momento em que uma pessoa se torna, mesmo contra sua vontade, um amigo profissional'.
Existem algumas diferenças entre um amigo que é amigo e um amigo profissional. Amigos que são amigos trocam sentimentos. Amigos profissionais trocam cartões de visita.
Uma amizade dura para sempre. Uma amizade profissional é uma relação de curto prazo e dura apenas enquanto um estiver sendo útil ao outro.
Amigos de verdade perguntam se podem ajudar. Amigos profissionais solicitam favores. Amigos de verdade estão no coração.. Amigos profissionais estão em uma planilha.
É bom ter uma penca de amigos profissionais. É isso que, hoje, chamamos networking, um círculo de relacionamentos puramente profissional. Mas é bom não confundir uma coisa com a outra.
*Amigos profissionais são necessários. Amigos de verdade, indispensáveis.*
Algum dia, e esse dia chega rápido, os únicos amigos com quem poderemos contar serão aqueles poucos que fizemos quando amizade era coisa de amadores.
Ajudando Uns Aos Outros
(Extraído da Revista Bem-Te-Vi Jardim de Infância, Imprensa Metodista - Autor desconhecido)
A Srª Mão Direita tem cinco filhos que sempre andam com ela.
Chamam-se Polegar, Indicador, Dedo do Coração, Anular e Mindinho.
Os dedos se amam e se ajudam mutuamente.
Diz o Polegar: sou gordo e forte, pois faço os trabalhos duros. Quando guardo um objeto eu ajudo de um lado e meus irmãos do outro.
Diz o Indicador: sou alinhado e valente. Entro primeiro no bolso escuro e ajudo o polegar a tirar a oferta do bolso. Ajudo-o também a carregar pequenas coisas, um alfinete, por exemplo.
Diz o dedo do coração: sou alto e, estando no meio de todos, ajudo os dois lados.
Diz o anelar: não sou tão forte como o polegar, nem ágil como indicador, mas também faço a minha parte. Posso ajudar a segurar um copo de água para dar a um amigo!
Depois uma voz fraquinha diz: sou pequeno, mas também ajudo. Sou o Mínimo. Veja como ajudo a agarrar o trinco pra abrir a porta.
A Srª Mão Esquerda também tem cinco filhos, e eles têm os mesmos nomes dos filhos da Srª Mão Direita. Também eles trabalham juntos e descansam. Esta família não sabe fazer nada sozinha, mas ajuda muito bem.
Os filhos da Srª Mão Esquerda dizem aos filhos da Srª Mão Direita:
- Nós os ajudamos a abotoar o casaco, certo?
Os filhos da Srª Mão direita precisavam fazer um embrulho e, não podendo fazê-lo sozinhos, mesmo em cinco, pediram ajuda aos filhos da Srª Mão Esquerda. Alegremente estes os ajudaram. O pacote ficou bonito e todos juntos bateram palmas de alegria. Juntos ofertaram o presente a um amigo.
Quando estamos brincando e deixamos alguma coisa cair, muitas famílias de dedos se aproximam para nos ajudar. A do João, a da Maria, etc.
À noite, a Srª Mão Direita junta seus filhos aos filhos da Srª Mão Esquerda e, juntos, em oração, pedem a Deus para os ajudar a estarem sempre prontos a servir aos outros.
Acredite: Você Pode Mudar o Mundo
(Autor não identificado)
Certa manhã um escritor caminhava por uma praia. De repente avistou uma pessoa que corria à beira do mar e fazia uns gestos que se assemelhavam a uma dança. O escritor se aproximou e viu um homem que ia pegando estrelas do mar, uma a uma, e as jogava de volta às águas. Ele perguntou ao homem:
- O que o homem está fazendo?
- Estou jogando as estrelas do mar de volta ao mar – respondeu o homem.
E o escritor continuou:
- São milhares de estrelas do mar, e você só conseguirá salvar muito poucas. Não vai fazer diferença...
Nesse momento o homem olhou para o escritor, abaixou-se, pegou uma estrela e jogou-a de volta ao mar, dizendo:
- Para essa faz diferença!
O escritor ficou pensando naquilo o resto do dia. No dia seguinte resolveu voltar à praia e ajudar o homem a jogar estrelas do mar de volta ao mar.
Agora já eram dois... Talvez dali a algum tempo fosse quatro, depois oito... Certamente não podemos resolver todos os problemas do mundo, mas há algo que sempre podemos fazer. E para aqueles que são alcançados por nossa solidariedade e amor, isso fará a diferença necessária.
Uma visão sem ação é apenas um sonho. Uma ação sem visão é apenas passatempo. Mas uma visão com ação... pode mudar o mundo.
A volta por baixo (Carlito Maia)
De dom Jossé Cavaca, humorista inesquecível: "Criminosos brasileiros brilham na Inglaterra, cuja polícia só está preparada para crimes inteligentes".
Verdade: somos especialistas em crimes burros, irreparáveis; tal a grandeza das perdas que acarretam. Sem falar da impunidade. Crimes contra a Pátria, contra o povo, contra a Humanidade. Como no tempo da Inventona de 1° de abril de 64, quando a ditadura militar deitou e rolou, sem que os criminosos fossem punidos e, em muitos casos, sequer identificados. Caso de Sete Quedas, hoje só uma saudade para os que conheceram aquela maravilha da Natureza, que foi por água abaixo, literalmente, porque os milicos no poder (e bota poder nisso) assim o quiseram. Resolveram (resolviam tudo) fazer a hidrelétrica de Itaipu, de parceria com os donos do Paraguai, e mandaram alagar tudo. O fim da picada. Em nome do sinistro binômio "segurança & desenvolvimento", que os levou também à loucura das usinas atômicas, feitas só para salvar da falência a indústria nuclear alemã, jogando fora (boa parte na Suíça) bilhões de dólares.
Os jovens que me honram com a sua leitura não fazem idéia do que foi aquele tempo, embora estejam sofrendo como todo mundo — as conseqüências do desvario do "Brasil potência". Ou onde vocês acham que teve início a rebordosa em que estamos, heim? E o pior é que a pusilanimidade aqui reinante botou uma pedra em cima da imundície e nunca mais se tocou no assunto.
Outro crime monstruoso, e igualmente irreparável: a morte de Henfil. Paradigma da dignidade, da coragem, do patriotismo, Henfil foi assassinado. Hemofílico, como seus irmãos homens, submetia-se a freqüentes (e caríssimas) transfusões de sangue para sobreviver. Numa dessas — em busca da salvação — encontrou foi a morte. Injetaram nele sangue contaminado pela Aids. Também em Chico Mário e Betinho, seus manos. Mas a viúva de Chico Mário acaba de ser reconhecida pela Justiça, que condenou a União e o Estado do Rio pelo seu desaparecimento. E, claro, também pelo de Henfil.
Mas o juiz teve uma recaída e não reconheceu o direito de Lúcia Lara, brava e digna companheira de Henrique por mais de dez anos, impedindo-a de fazer jus a indenização pela brutal perda sofrida. A verdade é que Lucinha não cogitou jamais de receber dinheiro em troca da vida de Henfil, o que não o traria de volta. Mesmo que — num acesso de loucura, dando uma de amoral nato — exigisse a execução dos responsáveis pelo crime nefando, não teríamos de novo o exemplar cidadão. Crime irreparável e, portanto, impunível. Mas Henfil acaba de dar a volta por baixo, se deu! Henfil vive! "Se não houver frutos/ valeu a beleza das flores/ Se não houver flores/ valeu a sombra das folhas/ E, se não houver folhas, valeu a intenção da semente". Suas lições não serão esquecidas jamais. Valeu, Henfil!
(Outubro 1991)
Valeu a intenção da semente (Henfil)
A única resposta
Autor desconhecido
O menino que era muito amigo dos bichos ficou pensando com os seus botões:
– Quem será que pôs dobradiça nas asas da borboleta?
E a borboleta ágil e bela passou agitando as asas sobre as flores coloridas e cumprimentou o menino.
– Bom dia, meu amigo, o que faz você aí sentado, pensando, pensando?
– Pois é, gostaria de saber muitas coisas sobre o mundo. E me perguntava quem pôs dobradiças nas suas asas.
– Hi, hi, hi! - riu fininho a borboleta. Ora, ninguém pôs dobradiças nas minhas asas. Elas não têm dobradiças. Elas não são portas, ué! E fugiu batendo docemente as asas.
– Pois bem - disse o menino para árvore. Quem foi que pintou a zebra de preto e branco?
– Não sei - disse a árvore balançando a sua linda ramagem.
– Sei lá - disse a avestruz interessada num pedaço de arame que ia ser a sua sobremesa.
Aí passou a girafa e o menino perguntou-lhe:
– Dona Girafa, quem foi que esticou o seu pescoço deste jeito?
– Ora, ora, menino, quem haveria de esticar o meu pescoço? Eu já nasci de pescoço espichado e pronto. Tchau!
–É - disse o menino para o girassol - alguém envernizou o casco da tartaruga e ainda por cima pintou um gato na sua barriga. Quem fiz isso?
– Eu só entendo de flor - disse o girassol. Não entendo nada de bichos.
– Taí - falou o menino já meio aborrecido. Ninguém entende nada de nada e eu fico sem saber quem foi que cortou o pêlo do leão e só deixou a sua juba à moda dos "beatles".
O leão não gostou nada daquilo e quase deu uma dentada no menino. Mas como o rei da floresta sabia que ele era amigo dos bichos deixou as dentadas prá lá e foi embora.
Então o menino perguntou à abelha que sugava o pólen de uma linda rosa.
– Você sabe, ó abelhinha trabalhadora, quem pôs bóbis na lã do carneiro para ficar assim enroladinho?
Mas a abelhinha também não sabia não. Perguntou ao zangão e ele também não sabia.
– Só entendo de zumzum de abelhas e mais nada.
Aí a margarida inclinou-se um pouquinho para ouvir a conversa e o menino aproveitou para perguntar-lhe:
– Você poderia me dizer, ô linda "mal-me-quer-bem-me-quer" dos namorados, quem enrolou o rabo do porco? Não parece um sacarrolha de verdade?
– Ora, menino - respondeu a margarida com sua vivacidade. Ninguém enrolou o rabo do porco, nem pintou a tartaruga, nem pôs bóbis no carneiro, nem dobradiças nas asas da borboleta, nem esticou o pescoço da girafa, nem pintou a zebra e nem cortou o pelo do leão. A natureza é assim mesmo como Deus a fez. Deus quis que tudo fosse assim certinho e perfeito e assim é.
Então o menino agradeceu à margarida e foi para casa muito feliz da vida, pois agora já sabia muitas coisas sobre o mundo.
Um Homem Também Chora (Gonzaguinha)
Um homem também chora, menina morena
Também deseja colo, palavras amenas
Precisa de carinho, precisa de ternura
Precisa de um abraço da própria candura
Guerreiros são pessoas tão fortes, tão frágeis
Guerreiros são meninos no fundo do peito
Precisam de um descanso, precisam de um remanso
Precisam de um sono que os torne refeitos
É triste ver esse homem, guerreiro, menino
Com a barra de seu tempo por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra, eu vejo que ele sangra
A dor que tem no peito, pois ama e ama
O homem se humilha se castram seus sonho
Seu sonho é sua vida e vida é o trabalho
E sem o seu trabalho, o homem não tem honra
E sem a sua honra, se morre, se mata
Não dá pra ser feliz, não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz, não dá pra ser feliz
Com a perna no mundo
Acreditava na vida
Na alegria de ser
Nas coisas do coração
Nas mãos um muito fazer
Sentava bem lá no alto
Pivete olhando a cidade
Sentindo o cheiro do asfalto
Desceu por necessidade
O Dina
Teu menino desceu o São Carlos
Pegou um sonho e partiu
Pensava que era um guerreiro
Com terras e gente a conquistar
Havia um fogo em seus olhos
Um fogo de não se apagar
Diz lá pra Dina que eu volto
Que seu guri não fugiu
Só quis saber como é
Qual é
Perna no mundo sumiu
E hoje
Depois de tantas batalhas
A lama dos sapatos
É a medalha
Que ele tem pra mostrar
Passado
É um pé no chão e um sabiá
Presente
É a porta aberta
E futuro é o que virá
Mas, e daí, ô ô ô e á
O moleque acabou
De chegar ô ô ô e á
Nessa cama é que eu quero
Sonhar, ô ô ô e á
Amanhã bato a perna no
Mundo, ô ô ô e á
É que o mundo é que é
Na alegria de ser
Nas coisas do coração
Nas mãos um muito fazer
Sentava bem lá no alto
Pivete olhando a cidade
Sentindo o cheiro do asfalto
Desceu por necessidade
O Dina
Teu menino desceu o São Carlos
Pegou um sonho e partiu
Pensava que era um guerreiro
Com terras e gente a conquistar
Havia um fogo em seus olhos
Um fogo de não se apagar
Diz lá pra Dina que eu volto
Que seu guri não fugiu
Só quis saber como é
Qual é
Perna no mundo sumiu
E hoje
Depois de tantas batalhas
A lama dos sapatos
É a medalha
Que ele tem pra mostrar
Passado
É um pé no chão e um sabiá
Presente
É a porta aberta
E futuro é o que virá
Mas, e daí, ô ô ô e á
O moleque acabou
De chegar ô ô ô e á
Nessa cama é que eu quero
Sonhar, ô ô ô e á
Amanhã bato a perna no
Mundo, ô ô ô e á
É que o mundo é que é
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