sábado, 30 de julho de 2016


CREMOS NA SEGUNDA VINDA DE CRISTO – Ler Mt 24:29-44
   
Nós, metodistas, sabemos que o Novo Testamento fala, em muitos lugares, sobre a segunda vinda de Cristo. E acreditamos que estas referências têm um significado verdadeiro, não apenas metafórico. Apesar de nenhum dos 25 Artigos de Religião do Metodismo se dedicar exclusivamente a este assunto, ele é claramente mencionado no Artigo Terceiro, que, falando sobre a ressurreição de Cristo, afirma: Cristo, na verdade, ressuscitou dentre os mortos, tomando outra vez o seu corpo com todas as coisas necessárias a uma perfeita natureza humana, com as quais subiu ao Céu e lá está até que volte a julgar os homens, no último dia.”
    Também no Credo Apostólico, igualmente base doutrinária do Metodismo,  afirma a respeito de Jesus:   “...subiu ao céu, e está sentado à direita de Deus Pai, Todo-poderoso ,de onde virá para julgar os vivos e os mortos.
 Acerca do tempo em que isso aconteceria Jesus disse: "...ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai" (Mc 13:32) e "Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade" (At 1:7). Isto significa que ninguém sabe o dia nem o século, nem o milênio. Não devemos especular, tentar advinhar, só estarmos preparados/as. Temos de viver uma vida reta e consagrada para quando Jesus voltar nos encontre firmes e leais ao Evangelho. É do que se trata a parábola das 10 virgens (Mt 25:1-13).
A segunda vinda de Jesus traz uma esperança para nós que não podemos perder: Deus, na pessoa de Jesus, interveio na criação instaurando o seu Reino entre nós, vai concluir seu projeto. Assim, as coisas do Reino e dos Céus (cf. Jo 18:36) que agora experimentamos em parte (cf. 1Co 13:12), serão plenas. O Senhor Jesus trará consigo a plenitude do seu Reino, nós veremos o Senhor face a face (1Co 13:12) e Ele será tudo em nós. “E, então, virá o fim, quando ele entregar o Reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés… Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1Co 15:24-28). “Então será o fim” dessa história de pecado e violência tal como a conhecemos (cf. Mt 24:14).
Jesus entrará de novo na história humana, vindo sobre as nuvens (Mt 29:30, Ap 1:7), inesperadamente como a ação de um ladrão (Mt 24:42-44; Mt 24:27), fazendo com que os mortos ressuscitem (1Ts 4:15-17) e junto dos vivos compareçam perante o tribunal do juízo final (Rm 14:10) para serem julgados pelo Senhor. Quem creu e crê em Cristo o terá como um advogado (1Jo 2:1) junto ao Pai, o supremo e justo juiz (Sl 98:9). A criação será redimida (Rm 8:21) e o diabo e seus anjos serão lançados no apocalíptico poço de enxofre cujo fogo não se apaga nunca (Ap 19:20). A morte, o pranto e a dor não existirão mais (Ap 21:4). Eis o novo céu e a nova terra prometida: a Nova Jerusalém invadirá a história humana (Ap 21:1-2). Quem morrer antes da segunda vinda de Jesus, “dorme” até a ressurreição. E assim como durante as horas de inconsciência do sono, na morte também não há tempo, a percepção da passagem do tempo, pela fé dizemos que aquela pessoa antecipou-se para o destino escolhido por ela: céu ou inferno. Tal qual Jesus assegurou ao ladrão arrependido na cruz: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso.” (Lc 23:43). Sai do tempo humano (cronológico) e passa para a Eternidade.
A vida futura será uma consequência dessa. Nós somos o povo que espera e ora pela volta do seu Senhor: Maranata! (Mt 6:10). Volta, Senhor Jesus! Aleluia!

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